Áudio mostra que árbitro contrariou VAR para anular gol do Estudiantes
Athletico Paranaense passou à semifinal da Libertadores após vencer por 1 a 0 fora de casa; argentinos tiveram gol invalidado de forma polêmica
O gol anulado do Estudiantes na derrota por 1 a 0 para o Athletico Paranaense na última quinta-feira, 11, em resultado que garantiu a classificação do time brasileiro às semifinais da Libertadores, foi uma decisão inteiramente do árbitro de campo Andrés Matonte. Áudios do VAR divulgados pela Conmebol mostram que o responsável pelo vídeo, Andrés Cunha, considerou que o lance deveria ter sido validado.
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Na jogada, Lollo cabeceia para o gol e a bola passa ao lado de Morel, que está em posição irregular, mas não toca na bola. No campo, o auxiliar levantou a bandeira e deu o impedimento. Mas o árbitro de vídeo Andrés Cunha e seu assistente na cabine do VAR consideraram que Morel não participou do lance nem obstruiu a visão do goleiro Bento.
“Para mim, o goleiro sempre vê a bola, exceto por um momento, e (Morel) não impede seu movimento de saltar”, diz Cunha. O assistente concorda: “Quando sai a bola, ele (Morel) não está na frente do goleiro. Quem tapa a visão do goleiro é seu companheiro (Thiago Heleno)”.
“Estou de acordo, ele (Morel) não faz um movimento em direção à bola”, diz Cunha, que em seguida chama o árbitro Andrés Matonte para fazer a revisão na tela à beira do campo. Após rever a jogada algumas vezes, porém, o juiz decide manter a decisão inicial.
“Vejo o atacante, o número 5 (Morel), fazendo um movimento. Ele tem proximidade com o goleiro, e é justo por onde a bola passa. Vou manter a decisão de impedimento”, diz o árbitro. Cunha não tenta insistir e apenas responde com “OK, Andrés, OK”.
Com o 0 a 0 mantido no placar, o Athletico foi buscar o gol da classificação nos acréscimos, com o garoto Vitor Roque. Nas semifinais, a equipe de Luiz Felipe Scolari vai enfrentar o atual bicampeão Palmeiras, clube pelo qual o treinador já conquistou a Libertadores, em 1999.