Partida diante dos chilenos serviu, principalmente, para que italiano consolidasse ideia de jogo e ganhasse opções na montagem de lista para a Copa
Carlo Ancelotti deixou o Maracanã extasiado pelo desfecho positivo de sua primeira experiência no histórico estádio, a vitória por 3 a 0 contra o Chile na noite da última quinta-feira, 4. Mais do que o resultado conquistado diante da torcida carioca, o treinador conseguiu na terceira partida no comando da seleção brasileira colher frutos consideráveis para pouco mais de 100 dias de trabalho.
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O teste contra os chilenos serviu, principalmente, para consolidar um padrão tático já bem sucedido contra o Paraguai, na Data Fifa de junho, mas que precisava ser novamente testado.
Mais pragmático na estreia contra o Equador, fora de casa, o time ainda parecia em Guayaquil uma cópia fiel do que foi visto durante toda a era Dorival Júnior – obedecendo, inclusive, suas escolhas táticas. Sem tempo hábil, somente dois dias de treinamentos na ocasião, Ancelotti optou mais por observar em um primeiro momento.
Escalou a seleção no esquema 4-3-3, com o meio-campo em losango, formado por Casemiro (ao centro), Bruno Guimarães (na direita) e Gerson (na esquerda). O ataque tinha Estêvão e Vinicius Júnior nas pontas direita e esquerda, respectivamente, com Richarlison como um centroavante.
Fez três mudanças para o segundo jogo, diante do Paraguai, promovendo as entradas de jogadores que lhe permitissem impor a intensidade de jogo que planejava. O que funcionou.
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Agora, desde o primeiro minuto de jogo, o time mais uma vez atacou utilizando um ousado esquema 3-2-5, com a linha defensiva formada por Marquinhos, Gabriel Magalhães e o lateral Douglas Santos – que recuava para ocupar a função de um terceiro zagueiro.
De acordo com estatísticas do Sofascore, o Brasil controlou com 88% de posse de bola nos dez primeiros minutos de jogo. Até a metade da primeira etapa, já havia finalizado seis vezes a gol, com 125 passes trocados contra 68 do Chile, quase o dobro.
Bruno Guimarães e Casemiro ficavam a frente da defesa para que a linha final de cinco jogadores a frente tivesse liberdade para se movimentar formada por Raphinha, meia mais centralizado, seguida por Wesley, que jogava infiltrado ao quarteto quase como um ponta direita, e pelo trio ofensivo com Estêvão, João Pedro e Martinelli.
Também eram comuns avanços de Guimarães e de Douglas Santos, que criou a jogada do primeiro gol, mas a intensidade também cobrou um preço fisicamente. E, por isso, o treinador sabe que precisará de opções.
Desta vez, Ancelotti também saiu bastante satisfeito com o desempenho defensivo, setor ao qual direcionou elogios públicos. Ele contou com uma novidade: o retorno de Gabriel Magalhães, que substituiu Alexandro Ribeiro, destaque na primeira Data Fifa com o treinador.
“Fizemos uma partida séria, defendendo bem e muito compacto, sobretudo no primeiro tempo. Após abrir o jogo, ficou mais natural para a gente. O jogo estava aberto para o nosso segundo gol, pois no segundo tempo, o Chile ficou um pouco mais ofensivo”, analisou Ancelotti.
Nos três jogos com ele, o setor ainda não foi vazado e começa a ganhar corpo. Antes disso, havia tomado gols em 11 dos 14 dos jogos que disputou na competição classificatória.
O pilar da reestruturação defensiva começa com o retorno de Casemiro, afastado de convocações por um ano e meio, para trazer respaldo aos zagueiros. Ele mesmo e outros jogadores, como o zagueiro Marquinhos, já revelaram que o técnicos faz cobranças intensas por solidez no setor.
A ideia de utilizar o lateral-esquerdo como um terceiro zagueiro enquanto o time ataca também é outro ponto importante.
Douglas Santos teve atuação destacada no Maracanã, assim como Alex Sandro havia feito na Neo Química Arena na convocação anterior.
Brasil tem linha defensiva sólida contra o Chile – Alexandre Battibugli/PLACAR
O técnico italiano foi surpreendido, principalmente, pelas opções que ganhou para formar sua base de convocados devido ao bom desmpenho de diversos jogadores testados pela primeira vez. Nomes como Gabriel Magalhães, Douglas Santos, Luiz Henrique, Lucas Paquetá e até Kaio Jorge ganharam moral com o treinador.
“Outro treinador tem menos dificuldade do que eu posso ter nos próximos meses. Isso é tudo muito positivo. Os nomes de hoje, gostei muito. Gostei dos que entraram no jogo, mudaram o ritmo da partida. Estou muito satisfeito com o jogo de hoje”, afirmou.
Também sobraram elogios para Paquetá e Luiz Henrique.
“Luiz Henrique tem um talento extraordinário. É muito forte fisicamente, fantástico no jogo de um contra um. Ele mudou o jogo com o seu frescor, estava fresco fisicamente. Um jogador com esse talento, quando está fresco e os outros cansados, muda o jogo. É muito bom para a seleção ter esse tipo de jogador”, disse o treinador.
“Obvio que Paquetá, pela qualidade que tem, tem que estar conosco. Eu disse ontem para ele que pode jogar de diferentes maneiras, pode jogar de diferentes maneiras. Hoje jogou como meio-campista, mas não tem problema de jogar como doble pivote. Sei que pode jogar como pivote, sozinho, porque tem muita qualidade no manejo da bola”, completou sobre o autor do segundo gol.
Ancelotti já cita ter um “grupo consolidado”, aumentando a disputa pelas poucas vagas disponíveis. Outros não aproveitados nesta partida como o volante Jean Lucas, o atacante Samuel Lino e o lateral-direito Vitinho podem ganhar oportunidade diante da Bolívia, em El Alto.
“O jogo contra a Bolívia interessa, porque a camisa do Brasil não pode permitir ao jogador que exista jogo mais ou menos importante. Todos são importantes. Podemos melhorar nosso jogo, nossa atitude, nossa intensidade… a equipe tem que se preparar bem para fazer o melhor possível”, resumiu.
“A ideia é avaliar nos próximos dias as condições dos jogadores e preparar um time que possa competir para tentar ganhar o jogo”, concluiu.
O treinador já afirmou monitorar um grupo de até 70 atletas.
Bruno Guimarães em Brasil x Chile no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Paquetá marcou m seu retorno à seleção em Brasil x Chile no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile, no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil tem linha defensiva sólida contra o Chile - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile, no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Carlo Ancelotti em Brasil x Chile, no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile, no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile, no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
João Pedro em Brasil x Chile, no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile, no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Casemiro em Brasil x Chile, no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile, no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile, no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile, no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile, no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Estêvao em ação pela seleção diante do Chile - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Bruno Guimarães em Brasil x Chile no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Bruno Guimarães em Brasil x Chile no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
Brasil x Chile no Maracanã - Alexandre Battibugli/PLACAR
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