Atacante de 31 anos marcou gol importante na classificação da Austrália para as oitavas e atua ao lado de 'ex-Menino da Vila'
Depois da façanha de se classificar para as oitavas de final da Copa do Mundo, o time da Austrália enfrenta a Argentina, neste sábado, 3, às 16h (de Brasília). Um resultado positivo seria o maior momento da história do futebol australiano e, apesar da dificuldade, há personagens que alimentam este sonho. Um deles é Mitchell Duke, o atacante dos Cangurus que joga pelo Fagiano Okayama, da segunda divisão do Campeonato Japonês.
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Aos 31 anos, Duke estreou pela seleção em 2013, mas nunca havia disputado uma Copa do Mundo. Nesta edição, marcou o gol da vitória sobre a Tunísia, importantíssimo na classificação australiana. Na comemoração, fez um J com as mãos, em homenagem ao filho Jaxson, que o assistia das arquibancadas.
“Eu não o encontrei, mas ele me viu. Foi um momento especial que guardarei para o resto da vida”, disse o atleta aos jornalistas presentes no estádio Al Janoub. “Quando acabou o jogo e eu fui entrevistado, tentei conter minhas lágrimas. Eu não tive um caminho fácil, meus amigos e familiares sabem disso. Eles me ajudaram muito nos momentos mais sombrios, então isso é para eles. É a melhor sensação do mundo”, afirmou, emocionado.
Os momentos duros citados por Duke incluem idas e vindas pelo futebol asiático e um longo período longe da seleção. A recuperação se deu em solo japonês. O jogador que veste a camisa 7 na seleção foi um dos jogadores mais importantes da campanha do Fagiano no campeonato nacional, ao lado de Tiago Alves, brasileiro “Menino da Vila”, que era comparado a Neymar quando surgiu nas categorias de base do Santos.
Mitchell Duke e seu companheiro brasileiro Tiago Alves pelo Fagiano, do Japão –
Nascido em Liverpool, cidade do leste australiano, a 39 quilômetros de Sidney, Mitchell Duke surgiu para o futebol nacional pelo Central Coast Mariners, onde também conseguiu sua primeira convocação para a seleção da Austrália. Em 2013, estreou com a camisa amarela contra a Coreia do Sul, na Copa do Leste Asiático. Foi neste ano que enfrentou o Brasil (única seleção sul-americana no currículo), durante amistoso vencido pela Canarinho por 6 a 0, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, dia 7 de setembro.
A derrota contra o Brasil também marcou um longo período de Duke fora da seleção australiana. Durante esse tempo sem representar seu país, deixou o Mariners para defender o Shimizu S-Pulse, do Japão, em 2015. Dois anos depois de chegar, Mitchell teve seu primeiro contato com Tiago Alves, hoje seu companheiro de ataque na segunda divisão do futebol nipônico.
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Duke, porém, não vivia boa fase na Terra do Sol Nascente e retornou à Austrália, para ser o grande nome do Western Sidney Wanderers. Em boa forma, foi destaque e retornou ao radar da seleção, até ser convocado e basicamente reestrear, em amistoso contra a Coreia do Sul, adversário de seu primeiro jogo defendendo o país. Mitchell, desde então, tornou-se importante peça no ciclo para o Catar e marcou cinco gols nas Eliminatórias.
Duke conduzindo a bola contra a Dinamarca –
Durante sua volta aos Cangurus, passou pelo saudita Al Taawon, retornou ao Western Sidney Wanderers e, em 2021, foi contratado pelo Fagiano Okayama, da “segundona japonesa”. Nesta temporada, com a esperança do acesso, contou com o reforço de seu antigo companheiro de ataque Tiago Alves. Juntos, marcaram 24 dos 61 gols da equipe – 21 enquanto ambos estavam em campo – na campanha pela liga nacional, que terminou com derrota nos playoffs pelo acesso.
Convocado para a Copa do Mundo pela primeira vez, Mitchell Duke foi titular em todos os jogos da Austrália. Até o momento, soma um gol e a importância no esquema tático de Graham Arnold, que sonha em amarrar Lionel Messi e companhia para conseguir mais uma façanha no Catar. “Como atacante, sempre é preciso ter confiança e acreditar que vamos marcar em todo jogo”, disse.
Argentina e Austrália duelam pelas oitavas de final neste sábado, a partir das 16h (de Brasília) no estádio Ahmad bin Ali.
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