A língua afiada de Van Gaal: holandês já ‘cornetou’ de Messi a Brasil
Em sua segunda Copa, treinador mais velho do torneio tenta levar a Holanda novamente à semifinal, após ser eliminado pela Argentina em 2014
Não há personagem melhor que Louis van Gaal na Holanda, que enfrenta a Argentina nesta sexta-feira, 9, às 16h (de Brasília), pelas quartas de final da Copa do Mundo. Em seu segundo Mundial, o veterano treinador – o mais velho do torneio, com 71 anos – aparentou um temperamento mais simpático, mas sua famosa língua afiada já deu as caras em alguns momentos durante as entrevistas. De Lionel Messi ao Brasil de Tite, é difícil alguém escapar de seus comentários ácidos.
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Com histórico de bater de frente com grandes jogadores que comandou – alguns exemplos são Rivaldo, Juan Román Riquelme e o rival de mais tarde Ángel Di María -, Van Gaal não economiza nas opiniões. Veja algumas das pérolas do técnico que tenta levar a Holanda mais longe do que em 2014, quando foi eliminada justamente pela Argentina, nas semifinais da Copa no Brasil.
Cutucada em Messi
“Messi é um jogador que pode definir um jogo em uma ação individual. Na semifinal de 2014, ele não tocou na bola e perdemos nos pênaltis. Agora queremos nossa revanche. Claro que é o jogador mais perigoso, é quem consegue criar mais oportunidades. Mas por outro lado, nem sempre está muito envolvido quando o adversário tem a posse de bola. Talvez seja a nossa oportunidade”. Será que foi inteligente dar essa cutucada no 10 argentino antes do duelo?
Brasil não joga bem
“Li na mídia holandesa que o Brasil foi brilhante, mas é apenas um time de contra-ataque. A Coreia do Sul só atacou”. Nem mesmo os 4 a 1 sobre os coreanos nas oitavas de final foram suficientes para convencer o exigente Van Gaal sobre a qualidade coletiva da seleção brasileira…
Atritos com Di María
“Di María é um jogador muito bom. Jogava no Manchester e tinha muitos problemas pessoais. Entraram na sua casa, roubaram, e isso afetou o seu nível de rendimento. Que ele tenha dito que eu fui o seu pior treinador, bom… é triste. Ele é um dos poucos jogadores que falaram isso. Mas podemos dar a volta por cima. É uma pena, mas assim são as coisas. O treinador às vezes tem que tomar decisões. Aqui tenho ao meu lado o Memphis. Também jogava no Manchester United, não gostava de mim. Agora nos beijamos. Podemos beijar na boca?”. Van Gaal deixou seu atacante sem graça na sala de entrevistas, mas não perdeu a oportunidade de mandar seu recado a Di María, com quem teve muitos problemas de relacionamento na temporada 2014/15 no United.
Torcida argentina não dá medo
“A Argentina é um time top, com jogadores de primeira linha. O torneio vai começar de verdade para nós na sexta-feira, sem querer menosprezar todas as outras seleções que já vencemos. Eu acho que meus jogadores são profissionais o bastante para lidar com isso (maioria de torcedores argentinos). Mas é claro, não é fácil quando há 40 000 argentinos na arquibancadas e só 1 400 conosco”. Será que vem a revanche por 2014?