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Premiação milionária da Copa do Brasil é atração além da taça

Competição paga 60 milhões para o campeão e pode ser alívio na conta dos times na briga; veja a situação de cada um

A CBF sorteou as quartas de final da Copa do Brasil, na última terça-feira, 19. Os confrontos foram definidos assim: um lado da chave está composto por Atlético Goianiense x Corinthians e Fortaleza x Fluminense, enquanto o outro tem São Paulo x América Mineiro e Flamengo x Athletico Paranaense. E para além da taça, importante em nível nacional, a premiação da competição é um grande atrativo para os times na briga: quem seguir para as semifinais ganha 8 milhões de reais, ir para a decisão já garante mais 25 milhões, enquanto o campeão ganha 60 milhões.

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O valor representa um forte acréscimo na conta das equipes que avançam às fases finais. Entre os clubes participantes, o Atlético Goianiense recebeu 11,08 milhões de reais, por ser considerado do Grupo 2, composto por clubes da Série A do Brasileiro fora do top-15 do Ranking Nacional de Clubes da CBF, que recebem valor inferior nas duas primeiras fases. Já o São Paulo, que passou por todas as fases até então e é do Grupo 1, acumulou 11,57 milhões.

Jorginho, treinador do Atlético-GO -
Atlético Goianiense faz boas campanhas na Copa do Brasil e Sul-Americana

América Mineiro, Athletico Paranaense, Corinthians, Flamengo, Fluminense e Fortaleza, por terem participado da Libertadores deste ano, entraram na Copa do Brasil já na terceira fase. Assim, receberam, até aqui, 8,8 milhões de reais.

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O campeão, com a grande premiação da decisão, acumula no total quase 80 milhões de reais. Esse valor, que para cada clube representa uma porcentagem distinta no orçamento, é um reforço no pagamento de dívidas, altas folhas salariais e a busca por um superávit anual.

Situação dos clubes

O Corinthians, por exemplo, tem valores que superam 900 milhões de reais em dívidas e, nesta temporada, aumentou ainda mais os gastos com contratações e salários. Em fevereiro deste ano, o presidente Duílio Monteiro Alves revelou que a folha salarial do futebol profissional girava em torno de 15 milhões de reais.

Desde então, o Timão ainda contratou nomes como Yuri Alberto, Maycon e Balbuena, que chegaram do futebol europeu. Seguir bem nas competições garante que seja mais viável bancar os custos de um elenco qualificado e recheado.

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Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Apresentado oficialmente, Yuri Alberto chega para aumentar o volume de jogo ofensivo e resolver a seca de gols alvinegra.

Também repleto de dívidas, o São Paulo enxerga a competição como uma saída para a má fase financeira. O Tricolor, que ano após ano tem se afundado em mais débitos e já tem quase 700 milhões a pagar, deve fechar mais uma contratação cara, a de Giuliano Galoppo, do Banfield, por valores superiores a 40 milhões de reais.

Vivo na Sul-Americana e Copa do Brasil, parte do alívio orçamentário tricolor pode ser conquistado dentro de campo. Repleto de jovens em destaque, o São Paulo deve, inevitavelmente, negociar outros atletas, enfraquecendo, assim, o elenco. O último a sair foi Gabriel Sara, vendido ao Norwich, da Inglaterra, por quase 60 milhões de reais

No Rio de Janeiro, Flamengo e Fluminense vivem situações diferentes, inclusive em dívidas. Enquanto o Fla apresenta um débito de 263 milhões, que cai com frequência nos últimos anos, o Flu deve mais de 700 milhões de reais.

Do lado rubro-negro, o altíssimo gasto salarial (meses atrás girava em torno de 16 milhões de reais) é suprido pela alta receita, que extrapolou R$ 1 bilhão em 2021. Novos nomes, como Everton Cebolinha e Arturo Vidal, chegaram ao Ninho do Urubu e inflaram ainda mais as despesas.

Enquanto isso, o Tricolor do Rio de Janeiro, que utiliza muitos jovens criados na própria base, vive situação mais delicada. Além das frequentes vendas de pratas da casa, lucrar com títulos pode ser uma nova solução para o Fluminense, que não pode fazer grandes investidas em nomes de peso, tendo em vista a busca pela saúde financeira.

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Apesar de débitos no pagamento da Arena da Baixada (cerca de 520 milhões de reais, segundo o último balanço), o Athletico Paranaense não figura entre os “desesperados”. Em superávit pelo sétimo ano seguido, o Furacão tem dinheiro em caixa e fez investimentos para a temporada. Com sucesso frequente em torneios nacionais e continentais, o rubro-negro de Curitiba conta com boas campanhas.

América Mineiro, Atlético Goianiense e Fortaleza, por outro lado, são equipes que gastam menos e têm dívidas mais controladas. Os times também chegam à fase avançada da competição com um orçamento limitado. O time de Goiânia, inclusive, segue na Sul-Americana e deve, mais uma vez, ter ano positivo financeiramente.

Os jogos de ida acontecerão nos dias 27 e 28 de julho, enquanto os da volta estão marcados para 17 e 18 de agosto. Também foram sorteados os mandos de campo: Corinthians, Fluminense, América-MG e Athletico-PR decidem seus duelos em casa.

O título será definido em duelos de ida e volta: as finais da competição acontecem em 12 e 19 de outubro.

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