Previsível, Vini Júnior ainda vê sombra de ‘bipolaridade’ na seleção
Candidato a Bola de Ouro e destaque do Real Madrid na conquista da Champions, atacante pouco produziu em 71 minutos em campo na estreia brasileira
Vinicius Júnior pisou nos Estados Unidos, no último dia 4 de junho, com pompa de um dos muitos astros de Hollywood que estrelam a calçada da fama, em Los Angeles. Quatro dias antes de se unir à seleção brasileira para a disputa da Copa América, a capa do jornal espanhol Marca se derretia ao atacante.
Vestido de imperador romano, estampou uma parte nobre da publicação acompanhado dos dizeres “Vini, vidi, venci (uma adaptação elogiosa à famosa ‘Vine, vidi venci’, dizeres de Júlio César) pela atuação de gala na final da última Champions. Foram 24 gols e nove assistências pelo Real Madrid na temporada, mas na tarde desta segunda-feira, 24, diante da Costa Rica, não se viu o mesmo jogador.
O camisa 7 ainda sofre com a amarelinha de uma espécie de transtorno bipolar, doença que caracteriza pela alternância entre a exaltação excessiva e a depressão. Previsível na maior parte do tempo, o jogador foi pouco do futebol de dribles e improviso que tanto defende, sucumbiu na maior parte do tempo ao ferrolho defensivo imposto pelos costarriquenhos.
Quase sempre aberto pelo extremo lado esquerdo ofensivo, ficou em campo por 71 minutos, mas teve enormes dificuldades nos duelos com Haxzel Quirós além da marcação dobrada dos volantes Jefferson Brenes e Orlando Galo. Durante o primeiro tempo, ainda chegou a se desentender com o zagueiro Jeyland Mitchell. Câmeras flagraram uma tentativa de agressão.
Vinícius Júnior teve a menor Nota entre os titulares do time em Brasil 0-0 Costa Rica.
🔑3 passes decisivos (1º do jogo)
✅19/23 passes certos (83%)
👟0 finalizações
💨0/6 dribles certos
💪3/9 duelos ganhos
💣18 perdas de posse (2º do jogo)
💯Nota Sofascore 6.6 pic.twitter.com/GfyEpzqU0T— Sofascore Brazil (@SofascoreBR) June 25, 2024
Segundo o site de estatísticas Sofascore, ele ficou com a pior nota entre os titulares: 6.6. Errou todos os seis dribles que tentou, acertou 83% de passes, um cruzamento em quatro e perdeu a bola por 18 vezes.
Substituído por Endrick, bastante aclamado pelo público de 67.158, produziu bem menos do que jogadores como Lucas Paquetá e Rodrygo, os principais nomes do setor ofensivo. Rodrygo participou diretamente do gol anulado pelo VAR, marcado por Marquinhos, enquanto Paquetá tentou seis finalizações no gol, uma delas na trave.
Com um ponto só na bagagem, a seleção brasileira viaja já nesta terça para Las Vegas, onde inicia a preparação para enfrentar o Paraguai. O próximo confronto acontece na sexta, às 22h (de Brasília).
Para fazer parte da nossa comunidade, acompanhe a PLACAR nas mídias sociais.