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Dorival lamenta eliminação: ‘Nos complicamos depois da expulsão’

Técnico da seleção brasileira vê mais pontos positivos que negativos em campanha de eliminação precoce na Copa América; capitão Danilo coloca sequência em xeque

A eliminação precoce do Brasil na Copa América doeu ainda mais em Dorival Júnior pela forma que aconteceu. A derrota nos pênaltis para o Uruguai aconteceu depois de um empate sem gols em que o Brasil teve 21 minutos com um jogador a mais dentro de campo. De acordo com o técnico da seleção brasileira, após a expulsão do uruguaio Nández, a equipe “se complicou e não teve lucidez”.

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“A equipe adversária soube como marcar, abrimos, tivemos dois homens de finta pelos lados, tentamos com movimentações, infiltrações, troca de passes, em termo de criação não foi um grande dia. As duas zagas prevaleceram sobre os ataques. A partir do momento que ficamos com um jogador a mais, nos complicamos. Não tivemos lucidez para ir pelos lados. Não aconteceu como queríamos”, disse Dorival Júnior, em coletiva após a eliminação.

A expulsão de Nández aconteceu aos 29 minutos do segundo tempo, após entrada dura do uruguaio em Rodrygo, que precisou ser substituído minuto mais tarde.

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Apesar da eliminação precoce, o técnico da seleção brasileira viu evolução na equipe, que apresentou mais pontos positivos do que negativos, de acordo com ele:

“É natural que depois de uma partida como essa, tudo o que poderia ter sido levado em conta, apaga-se. Tenho de ter consciência clara. É natural que muitas coisas aconteceram na competição, não fizemos jogos de um ótimo nível tecnicamente falando, mas também não descarto nenhuma das partidas, houve entrega, espirito de luta, a equipe nunca deixou de ir atras do resultado, foi uma equipe valente sempre, tivemos coisas muito mais positivas que negativas neste processo”.

“Acho que é um trabalho moroso, paciencioso. Tudo o que queremos é acelerar para voltar a ter essa equipe. Todo esse sentimento que estamos tendo, olhando, observando… será importante alinharmos tudo isso, sentarmos com a CBF, conversarmos sobre tudo o que se passou. Tivemos coisas positivas ao longo deste período de treinos e jogos, não foram os resultados que gostaríamos, tenho de reconhecer, chamando a responsabilidade dos resultados para o treinador. Mas temos tudo para evoluir, crescer, melhorar muito além do que foi apresentado”, completou.

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Após o jogo, o capitão Danilo, um dos nomes mais experientes do elenco, colocou sua sequência em xeque para as próximas convocações. O lateral-direito também pediu paciência com os mais novos:

Só espero que o pessoal tenha um pouco de paciência. É justo cobrar, faz muito tempo que o Brasil não ganha algo. Mas tenham paciência com esses jovens. Não digo comigo. Eu não sei ainda quanto tempo eu tenho na seleção, nem sei se tenho mais tempo. Para mim foi uma hora enorme poder estar com um grupo desse onde teve muito trabalho, muito profissionalismo, muita entrega”.

VEJA MAIS DA COLETIVA DE DORIVAL JR

Sobre ausência na roda antes dos pênaltis:
“Eu fiquei de fora porque eu vinha falando com cada um deles aquilo que vinha na minha cabeça. Definidas as cinco posições iniciais, eu vinha falando a respeito daquilo que nós havíamos treinado. Aliás, treinamento que aconteceu desde o primeiro dia em Orlando. Nós vínhamos trabalhando penalidades porque sabíamos que provavelmente teríamos essa possibilidade nas definições de partidas”.

Substituições:
“Primeiro, tínhamos dois com cartões. A primeira sensação foi essa. A segunda foi ter o meio preenchido para transitar bolas pelos lados, com Rodrygo e aí então Savinho, para os meias preencherem. tentamos, depois acabei fazendo uma nova alteração com Evanílson e Gabriel Martinelli para tentar mexer com a ultima linha adversária, estava bem estabelecida”.

Falta de um centroavante
“Estamos procurando jogar com jogadores que vinham mostrando características nos seus clubes, tentamos para não ultrapassar, para aproveitar como cada atleta vinha desenvolvendo suas condições. Nós tivemos sim nestes oito jogos iniciais um homem de área, Evanílson teve só uma oportunidade, poucos minutos, reconheço isso, era uma forma de jogar que vinha dando certo, dando entendimento, estávamos criando oportunidades nos jogos iniciais e nos treinos, isso me dava condição de insistir nesta formação, os resultados vinham sendo alcançados”.

Ciclo
“Acho que tudo é um processo, você naturalmente passa por dificuldades no processo de montagem, é um fato. Saímos da Copa do Mundo para agora, com dois anos de trabalho aproximando-se de uma nova competição. A primeira oficial foi essa, realmente um pouco distante do que gostaríamos, um chaveamento pesado do nosso lado, equipes num momento tecnicamente, com volume de trabalho maior, oscilações aconteceriam na competição. Você sai invicto de uma competição, mas não satisfeito, poderíamos ter coisas melhores, pelo o que treinamos, a expectativa era um pouco acima”.

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