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Conmebol abre investigação para identificar envolvidos em pancadaria

Responsável pela Copa América, entidade sul-americana diz que vai apurar responsabilidades na confusão generalizada após Uruguai e Colômbia

A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) anunciou nesta quinta-feira, 11, a abertura de um processo para apurar a responsabilidade dos envolvidos na confusão generalizada envolvendo atletas da seleção do Uruguai e torcedores da Colômbia na última quarta, 10, no Bank of America Stadium, em Charlotte, na Carolina do Norte, após a eliminação da Celeste na Copa América.

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Segundo a entidade, a Unidade Disciplinar decidiu abrir expediente para elucidar a série de eventos registrados no confronto e que, às vésperas de uma final, não seriam toleradas ações que pudessem atrapalhar a festa do futebol.

“É inadimissível que um fato como esse tenha ocorrido nessa ocasião, convertendo a paixão em violência. Portanto, não toleraremos nenhuma atitude que transgrida a prática esportiva e o espetáculo mais lindo do mundo que pertence a toda a família”, afirmou em outro trecho.

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A pancadaria começou quando o atacante Darwin Núñez, os zagueiros Ronald Araujo e José Giménez, além de outros integrantes da seleção uruguaia, correram em direção a um dos setores estádio, acessando o local ocupado por seus familiares. Imediatamente, passaram a trocar socos com colombianos. Núñez chegou a pegar uma cadeira de ferro para atirar em direção a um dos torcedores, mas foi impedido.

A justificativa dos atletas foi a motivação de defender familiares, que estavam acompanhados de crianças e teriam sido alvo de uma “avalanche” promovida torcedores alcolizados.

“Vou dizer isso agora porque senão eles vão me interromper mais tarde. É tudo um desastre, uma parte da torcida atacando nossas famílias, com filhos recém-nascidos. Espero que os organizadores tomem nota porque isso acontece o tempo todo, eles bebem álcool e se comportam assim”, explicou Giménez à emissora DirecTV.

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“Eles causaram uma avalanche em toda a nossa família, isso é um desastre. Não havia um policial e tivemos que defender nossos entes queridos”, concluiu.

O entrevero foi gerado ainda com a bola rolando. Antes mesmo do apito final do árbitro mexicano César Ramos, o zagueiro colombiano Yerri Mina e o atacante uruguaio Luis Suárez trocaram insultos. Mina riu de Suárez e cobriu a boca para respondê-lo.

Suárez e Mina discutem por conta de 'cera' colombiana no fim da partida - Tim Nwachukwu/Getty Images via AFP
Suárez e Mina discutem por conta de ‘cera’ colombiana no fim da partida – Tim Nwachukwu/Getty Images via AFP

Os uruguaios reclamavam com Ramos de atrasos no reinício da partida sempre que havia a marcação de uma falta ou a bola saía do campo de jogo. Após encerramento da partida, os jogadores dos dois países iniciaram uma confusão no meio-campo com trocas de empurrões e insultos. Suárez também discutiu rispidamente com Borja.

Na zona mista, El Pistolero reclamou da forma efusiva com que o atacante do River Plate celebrou o triunfo. “O que mais incomoda é a forma de festejar, não tinha nenhum sentido. Nós eliminamos o Brasil e ninguém passou comemorando na frente de nenhum jogador. Ao contrário, fomos cumprimentá-los, pois somos colegas, sabemos como é o sofrimento de uma derrota. Passar assim diante de um companheiro de profissão é feio, mas o homem lá em cima esta vendo tudo e tudo tem volta”, afirmou Suárez.

Suárez e Mina discutem após o término da partida - Chandan Khanna/AFP
Suárez e Borja discutem após o término da partida – Chandan Khanna/AFP

Enquanto isso, um outro grupo liderado por Darwin Núñez e Ronald Araujo acessou as arquibancadas, acompanhados de outros jogadores, para brigar com torcedores colombianos, maioria em Charlotte.

Araujo provocou os rivais fazendo um gesto com as mãos e apontando para o sinal de duas estrelas de Copa do Mundo. Machucado, ele sequer foi relacionado para o jogo.

Zagueiro do Barcelona, Araujo provocou torcedores colombianos e também foi pivô da confusão - Juan Mabromata/AFP
Zagueiro do Barcelona, Araujo provocou torcedores colombianos e também foi pivô da confusão – Juan Mabromata/AFP

Controlada a confusão, alguns torcedores colombianos e integrantes da delegação uruguaia feridos foram atendidos no gramado.

O resultado foi amplamente festejado por Los Cafeteros, que voltam a uma final de Copa América após 23 anos de espera. A última havia ocorrido em 2001, na única edição vencida pelo país.

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