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66 minutos e um choro comovente: como foi a ‘despedida’ de Messi

Provável última aparição em Copa América ficará marcada por lágrimas no banco de reservas e físico longe do já visto aos 37 anos

Lionel Messi acostumou mal ao mundo do futebol. Eleito por oito vezes o Bola de Ouro, um recorde absoluto. Outras oito vezes vencedor do prêmio Fifa The Best. E dono de números dignos de um gênio construídos por quase duas décadas, a provável despedida de Copa América do argentino parecia um daqueles roteiros de filme em que o protagonista não termina tão bem.

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Visivelmente abaixo do ápice físico, Messi mais sofreu do que desfrutou. Mais chorou do que sorriu, mas no fim conseguiu o que queria: um desfecho com título continental.

Ele ainda não confirma, mas deve ter feito a última aparição no torneio colocando o país no pedestal de maior vencedor do torneio – agora com 16 títulos, superando os 15 do Uruguai.

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Messi e o tornozelo que custou sua permanência na partida - Buda Mendes/Getty Images via AFP)
Messi e o tornozelo que custou sua permanência na partida – Buda Mendes/Getty Images via AFP)

Aos 37 anos, Messi levanta cada vez mais dúvidas se conseguirá chegar a Copa do Mundo que também acontecerá nos Estados Unidos, em 2026, porém já pode voltar para casa em paz. Por sinal, o estádio do Inter Miami, seu atual time, está apenas 27 km do Hard Rock Stadium.

Diante dos colombianos, segundo dados do site de estatísticas Sofascore, o camisa 10 ficou por 66 minutos em campo, contribuiu com apenas uma finalização e 43 ações com a bola. Ele ainda acertou 28 dos 33 passes que tentou, um dos quatro cruzamentos e venceu três dos cinco duelos individuais que disputou.

No jogo, causou primeiro preocupação ao quase ser substituído após tentativa de jogada aos 35 minutos do primeiro tempo. Fez rápida troca de passes com Mac Allister e Julian Álvarez, mas acabou saindo com a bola pela linha de fundo. Caído com dores no tornozelo, colocou por mais de dois minutos a mão no rosto, levantou mancando, mas retornou em sequência para alívio dos presentes.

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Messi voltou para o segundo tempo e a Argentina até melhorou, mas um escorregão no gramado em uma tentativa de ajudar na marcação foi o fim para ele aos 18 do segundo tempo. Os médicos indicaram a substituição, Messi saiu mancando em lágrimas para a entrada de Nicolás González.

Já sentando no banco de reservas, o jogo parecia pouco importar. As câmeras só focavam no jogador com as mãos no rosto, em pratos.

No segundo tempo, um craque inconsolável no banco de reservas - Juan Mabromata/AFP
No segundo tempo, um craque inconsolável no banco de reservas – Juan Mabromata/AFP

A tensa partida caminhou para a prorrogação. Messi se transformou, então, uma espécie de auxiliar impriovisado de Scaloni, passando apoio e até algumas instruções aos companheiros.

A explosão de alívio só chegou com o gol de Lautaro Martínez, já aos seis minutos do segundo tempo da prorrogação. Coube aos argentinos apenas garantirem o resultado.

Se no Catar Messi gastou protagonismo, com dois gols na final, além de outras inesquecíveis atuações decisivas como contra Croácia, México, Austrália e Holanda, desta vez mais contemplou.

Messi e a sonhada segunda taça de campeão da América - Chandan Khanna/AFP
Messi e a sonhada segunda taça de campeão da América – Chandan Khanna/AFP

Nesta Copa América, fez uma primeira fase mais discreta e ficou marcado por um pênalti perdido nas quartas de final contra o Equador, quando acertou a trave na tentativa de uma “cavadinha”.

Antes da final, admitiu à emissora DSports ter se incomodado com recorrentes desconfortos musculares, mas que “se sentiria melhor na decisão”.

Durante a competição, também acenou ser uma possível despedida: “sim, foi o que eu disse, que essa era a última [Copa América], que estava acabando a era deles [Di María e Otamendi] na seleção. É por isso que eu disse que são as últimas [partidas]. Sobre mim, como disse, vou tentar seguir e tento viver e aproveitar o dia a dia sem pensar no que vai acontecer no futuro”, afirmou à imprensa argentina.

“Não quero dizer se vou seguir ou não, porque depois dizem um monte de coisas. Simplesmente vivo o dia a dia. Acabo de completar 37 anos e é isso. Deus sabe até quando será”, completou.

Seja qual for sua decisão, Messi já tem tudo o que queria.

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