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Brasileirão

Troca-troca em BH: a ida de Nelinho do Cruzeiro para o Galo

Assim como Dudu, lateral-direito deixou a Toca da Raposa rumo ao rival após desavenças com técnico, em 1982; relembre caso nas páginas da PLACAR

Por Redação Atualizado em 07 de maio, 2025, 17:46 - Publicado em 08 de maio, 2025, 07:35
Troca-troca em BH: a ida de Nelinho do Cruzeiro para o Galo
Edição de PLACAR de 9 abril 1982 - Reprodução
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Na semana em que o atacante Dudu ousou trocar o Cruzeiro pelo rival Atlético-MG, o blog #TBT PLACAR relembra movimento semelhante feito há quase 40 anos por um ídolo dos dois times: o lateral-direito Nelinho.

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A relevância de Nelinho nos gigantes de BH é tamanha que o ex-jogador de 74 anos foi reeleito para o Meu Time dos Sonhos de Cruzeiro e Atlético, em edição de PLACAR de janeiro deste ano. “Nelinho é praticamente uma unanimidade em Minas Gerais. Estar na seleção dos dois rivais diz muito sobre ele”, afirmou o jornalista Fael Lima, um dos 22 integrantes do júri do Galo.

“Indiscutível dono da posição do Cruzeiro em todos os tempos pela liderança, protagonismo, títulos, longevidade e qualidade. Foi um craque entre os laterais, grande batedor de faltas, uma lenda do futebol brasileiro”, completou o escritor Thiago Soraggi, eleitor do Cruzeiro.

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O Time dos Sonhos do Galo: Victor, Réver, Leonardo Silva e Luizinho; Nelinho, Toninho Cerezo, Ronaldinho Gaúcho e Guilherme Arana; Hulk, Reinaldo e Éder. Técnico: Telê Santana
O Time dos Sonhos do Galo: Victor, Réver, Leonardo Silva e Luizinho; Nelinho, Toninho Cerezo, Ronaldinho Gaúcho e Guilherme, Arana; Hulk, Reinaldo e Éder. Técnico: Telê Santana

Nelinho marcou época do lado azul com belos gols e chutes potentes e cheios de curva. Foram quatro Campeonatos Mineiros (1973, 1974, 19975 e 1977) e uma Copa Libertadores (1976), com 105 gols em 427 jogos. Esta bela história chegou ao fim em 1982, em um contexto semelhante ao de Dudu.

Enquanto o atacante se desentendeu com o técnico português Leonardo Jardim depois de ficar alguns jogos na reserva, Nelinho vinha em pé de guerra com o treinador Dorival Knipel, o Yustrich, que o acusava de “laranja podre” desde uma passagem anterior pela Toca da Raposa.

O caso foi tratado em uma pitoresca reportagem na PLACAR de 9 de abril de 1982 em que o repórter Sérgio Augusto Carvalho “sugere” aos cartolas mineiros possíveis trocas para levantar o astral dos torcedores, que andavam em falta no Mineirão.

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“Depois do fracasso na Taça Ouro, PLACAR sugere uma fórmula visando reativar o interesse dos torcedores que se afastaram dos estádios. Os dirigentes da dupla toparam a ideia e deram sugestões de nomes que interessam. Um dos primeiros negócios que poderá sair: Nelinho e Mauro por Heleno e Valença”, estampou aquela edição, em uma época em que as mudanças para um clube rival eram mais corriqueiras.

Àquela altura, a virada de casaca de Nelinho já estava bem encaminhada, apesar de uma fala desastrada do diretor atleticano Emanuel Monteiro: “Troco o Mauro pelo Orlando. O Nelinho não nos interessa. Vai criar problemas para nós.” Técnico e elenco do Galo, porém, receberam o reforço de braços abertos.

Como PLACAR cobriu a ida de Reinaldo do Galo para o Cruzeiro

“Puxa vida, seria maravilhoso tê-lo como companheiro de clube. É um grande profissional, um dos melhores laterais que já vi. Assim, a massa teria um motivo a mais para ir ao campo”, afirmou Éder, seu colega de seleção brasileira. A Raposa até tentou melar o negócio na reta final, mas já era tarde:

Quando soube que Nelinho começava a se tornar um sonho atleticano, o presidente do Cruzeiro, Felício Brandi, chamou o jogador e propôs sua reconciliação com Iustrich, a fim de evitar sua saída do clube. Nelinho não gostou:

— O presidente não faz negócio com o Atlético, tem o maior medo. Mas agora pede o impossível: que eu faça as pazes com o Yustrich. Jamais!

A passagem de Nelinho pelo Atlético

Nelinho acabou, de fato, vestindo a camisa alvinegra e com sucesso: fez 52 gols em 274 jogos entre 1982 e 1988, e conquistou três títulos estaduais (1983, 1985 e 1986). A mudança foi destaque na PLACAR de 23 de abril:

“A Bomba do Galo. O Cruzeiro vende Nelinho ao Atlético e quebra um longo tabu. Desde 1956 eles não faziam negócios entre si. Sábado passado, por 20 milhões, o lateral mudou de clube e estreia dia 2 de maio, em clássico da Taça dos Campeões.”

De fato, deu-se um troca-troca, já que o volante atleticano Geraldo foi envolvido no negócio e emprestado ao Cruzeiro. Na ocasião, Nelinho já demonstrava confiança: “O Cruzeiro foi o clube do meu coração. Mas agora, se puder, vou enfiar muitos gols neles, porque meu coração é todo preto e branco a partir de hoje. Essa motivação me faz sentir rejuvenescido, principalmente porque acabou com o drama que eu vivia na Toca.”

Nelinho, a bomba do Galo, em PLACAR de 23 de abril 1982
Nelinho, a bomba do Galo, em PLACAR de 23 de abril 1982

O blog #TBT PLACAR, que todas as quintas-feiras recupera um tesouro de nosso acervo, reproduz abaixo, na íntegra, o texto de 1982.

Troca-troca para lotar o Mineirão

Depois do fracasso na Taça Ouro, PLACAR sugere uma fórmula visando reativar o interesse dos torcedores que se afastaram dos estádios. Os dirigentes da dupla toparam a ideia e deram sugestões de nomes que interessam. Um dos primeiros negócios que poderá sair: Nelinho e Mauro por Heleno e Valença

Sérgio Augusto Carvalho

Mais uma vez, Minas Gerais está em silêncio. Já não se ouvem os ardentes gritos de “galôôô”, nem o entusiasmado “o-o-o-zeiro”. Atlético e Cruzeiro estão fora das finais da Taça de Ouro, fato que só aconteceu duas vezes — 1972 e 1978 — em 12 anos de campeonatos nacionais. Para as duas torcidas que se acostumaram a ver seus times entre os primeiros colocados, a desolação é grande. Tão grande que os 25 torcedores do Atlético e 25 do Cruzeiro ouvidos por PLACAR na semana passada reconheceram, sem exceção, que a única forma dos cartolas darem a volta por cima seria através da contratação de reforços.

O problema todo é a falta de dinheiro. Enquanto o Atlético se vê obrigado a desembolsar altas somas para pôr em dia os salários de seus craques, o Cruzeiro não consegue sequer pagar o passe do zagueiro Abel, comprado no ano passado por 100 mil dólares ao Paris Saint-Germain, da França.

Diante deste quadro desalentador, PLACAR resolveu sugerir aos dirigentes e torcedores uma fórmula de reativar o interesse pelo futebol mineiro: o troca-troca entre os dois clubes. A reação geral variou da euforia ao pânico. Cautelosos, os diretores chegaram a propor hipotéticos negócios, embora sempre visando levar vantagem ou temendo serem passados para trás.

— Troco o Nelinho e o Mauro pelo Heleno e Valença — propôs o diretor cruzeirense Nicola Granata.

Do outro lado, o diretor atleticano Emanuel Monteiro fez a contraproposta:

— Troco o Mauro pelo Orlando. O Nelinho não nos interessa. Vai criar problemas para nós.

Mais do que precipitada, a previsão do diretor foi totalmente infeliz. Nelinho, desligado do Cruzeiro por causa de sua briga com o técnico Iustrich, é muito respeitado pelos companheiros e admirado pelos adversários. O técnico Carlos Alberto Silva, por exemplo, gostaria de vê-lo na Vila Olímpica:

— É um grande jogador, de qualidades excepcionais, que todo o Brasil conhece de sobra. Não sei como ele é pessoalmente, mas tenho certeza se que somaria se viesse para o Atlético.

O próprio Éder, que brigou com Nelinho no último Atlético x Cruzeiro — os dois foram expulsos —, ficou entusiasmado com a ideia:

— Puxa vida, seria maravilhoso tê-lo como companheiro de clube. É um grande profissional, um dos melhores laterais que já vi. Assim, a massa teria um motivo a mais para ir ao campo.

Quem não gostaria de ver Nelinho no Atlético é o goleiro do Cruzeiro, Luis Antônio:

— Já é dose aguentar o Éder, quanto mais o Nelinho chutando contra mim. Eles me arrebentariam.

Quando soube que Nelinho começava a se tormar um sonho atleticano, o presidente do Cruzeiro, Felício Brandi, chamou o jogador e propôs sua reconciliação com Iustrich, a fim de evitar sua saída do clube.

Nelinho não gostou:

— O presidente não faz negócio com o Atlético, tem o maior medo. Mas agora pede o impossível: que eu faça as pazes com o Iustrich. Jamais!

No entanto, Mauro é o jogador que mais interessa aos dirigentes do Atlético. Para o diretor Monteiro, seu estilo de jogo é “típico de um atleticano”. Pode ser a grande chance de Mauro, que está sem contrato há quase três meses.

— Este ano ainda não recebi um tostão no Cruzeiro. Eles nem me pagam mais. O Atlético seria uma boa solução para mim.

O zagueiro Abel, que provavelmente será devolvido ao Paris Saint-Germain por falta de pagamento do seu passe, também concorda em jogar no Atlético.

— Iria numa boa, pois tenho ótimos amigos no Galo e me daria muito bem lá. Dá até para fazer uma troca pelo Osmar.

O diretor Nicola Granata, do Cruzeiro, aceita o troca-troca, mas insiste em ter Helo e Valença. Heleno topa:

— Apesar de estar numa fase boa aqui no Atlético, seria bom sair agora que meu contrato vai vencer.

Mas Valença não pensa em sair, embora veja pelo menos uma boa perspectiva:

— Se for para ganhar um bom dinheiro, eu iria tranquilamente.

Como se vê, a ideia sugerida por PLACAR tem tudo para virar um sucesso, desde que não surjam propostas absurdas como a do presidente Felício Brandi:

—Se o Atlético quiser, podemos estudar a troca com Toninho Cerezo.

Com bom senso e coragem, os dirigentes mineiros poderão acabar com o silêncio constrangedor do fins de semana no Mineirão e devolver os gritos de guerra de suas torcidas. É tudo com eles.

 

 

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