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Toda quinta-feira, um tesouro dos arquivos de nossas cinco décadas de história
Há 20 anos, Fortaleza desfrutava de volta à elite e sonhava com grandeza
Finalista da Sul-Americana, o Leão da Pici retornava à elite em 2003 ainda aspirando lugar entre os grandes do país
O Fortaleza é finalista da Copa Sul-Americana de 2023. Após bater o Corinthians, o Leão alcançou a primeira final internacional de sua história, 20 anos depois de retornar à elite nacional com estilo.
Na ocasião, o Tricolor de Aço começava o ano com o vice-campeonato da Série B de 2002 e com bastante animação, mas com planos bem mais modestos do que as aspirações atuais, como contou o Guia 2003 de PLACAR, publicado em fevereiro.
Atualmente, o torcedor se acostumou a voos grandes, como o vice da Série C em 2017, o título da Série B em 2018, o bicampeonato da Copa do Nordeste, em 2019 e 2022, além do penta estadual.
orém, aquele time, que contava com nomes como Ronaldo Angelim, zagueiro de história no clube e longa passagem pelo Flamengo, e Clodoaldo, que caiu nas graças do torcedor do Leão, só sonhava em se manter na elite.
A temporada não foi como era no sonho leonino e o time acabou rebaixado, na 23ª posição, com 49 pontos somados. O time ainda passou pela elite em 2005 e 2006, mas jamais se destacou tanto quanto nos dias atuais.
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Esquentando as turbinas
O time quer mesmo é desfrutar da Série A do Brasileiro. O Cearense e a Copa do Brasil vão servir como preparação de luxo
A festa no Ceará ainda não acabou. O feito do time, a classificação para a Série A do Brasileiro, ainda contagia a fanática torcida tricolor, que conta os dias para a estréia na elite do futebol nacional. Enquanto isso, o Fortaleza tem pela frente o Campeonato Cearense e a Copa do Brasil, que dá acesso à Libertadores. Depois do Paysandu, por que não o Fortaleza no principal torneio sul-americano?
O técnico Luiz Carlos Cruz pede pés no chão e está preocupado com o possível desmanche do time. Alguns jogadores importantes, como o zagueiro Marcão, o atacante Finazzi e o meia Juninho, já se mandaram. A grande baixa, porém, é o artilheiro Vinícius, maior destaque do time na temporada passada. Dois fatores contribuíram para a não permanência do matador: o interesse de equipes do exterior e a briga que ele protagonizou na decisão da Série B, contra o Criciúma. Temendo um gancho, a diretoria relutou em evitar sua saída.
Para compensar um pouco as perdas, chegaram os atacantes Rogério e Sandro Goiano, o zagueiro Fernando e o meia Bechara, que volta ao tricolor. Mas o grande destaque do Leão continua sendo o baixinho e endiabrado Clodoaldo. Ele e a torcida, que se habitou a levar o time às vitórias no Presidente Vargas, serão os diferenciais do Fortaleza.
