Felipão e Jorge Jesus: um show de falta de ética profissional
Por que Scolari não explicou à diretoria do Athletico que seria uma injustiça com Carile interromper um trabalho em tão pouco tempo?
Depois reclamam do PCzinho aqui, mas tem como ficar calado quando leio a substituição de Fábio Carile por Felipão? Não seria trocar seis por meia dúzia? Dois assumidos retranqueiros. Mas essa troca vai muito além disso e atinge em cheio o alvo da ética profissional. Ou o Felipão foi contratado de um dia para o outro? Foi pego de surpresa, ficou encurralado e não tinha outra alternativa a não ser aceitar o convite e derrubar o colega de profissão que sequer havia esquentado a cadeira? Não sei quantos, mas foram pouquíssimos jogos. Antes estava o Valentim. Ou seja, o gerente de futebol do Athletico Paranaense é quem deveria ser demitido.
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Por que Felipão não explicou para a diretoria do clube que seria uma injustiça com o Carile, que nenhum técnico do mundo consegue resultados em tão pouco tempo? Porque cada um só pensa no seu. Já já, após duas rodadas ruins já terá o empresário de algum treinador (sim, eles tem empresários) ligando para a presidência e colocando o seu produto à disposição. É a tal da engrenagem, o sistema.
Nada muito diferente do que a vergonhosa campanha, inclusive da imprensa, pela volta de Jorge Jesus ao Flamengo, um técnico que só conseguiu visibilidade na Gávea após uma sequência maravilhosa com um time que estava na ponta dos cascos. Jorge Jesus vem se reunindo com jornalistas rubro-negros escancaradamente. E olha que o técnico atual é português, hein. É uma total falta de respeito.
O Flamengo vai desembolsar milhões, repito, milhões, por um treinador que atropela a ética e faz costura com jogadores e imprensa. Eu se fosse o técnico atual desconfiaria de tudo. Eles só não pedem demissão por conta da tal multa rescisória. Ou seja, no fundo um ajuda o outro, forma praticamente uma sociedade. Um é demitido, o amigo entra no lugar, dois meses sai, entra outro parceiro e o futebol nosso de cada dia se afundando na incompetência e na mesmice sem luz no fim do túnel
Pérolas da semana:
“Com um modelo de jogo não reativo, a equipe faz uma leitura de posicionamento por dentro ou por fora para que jogadores agudos façam o X1 e tenham uma infiltração mecânica”
“Jogo pegado, com o zagueiro mordendo o ala o tempo inteiro e tirando o espaço vazio do meia para evitar o tapa na bola”.
“Jogador de elaboração e lado de campo sentou na vantagem e acabou gerando consistência no jogo do adversário”.
É dose de aturar!