‘Diablito’ Echeverri, Kauã e mais: os destaques do Sul-Americano sub-17
Torneio de base destacou o talento de jovens promessas do futebol continental; Brasil disputa título com Equador e faz clássico contra a Argentina
O Campeonato Sul-Americano sub-17 chega ao fim no próximo domingo, 23, com a seleção brasileira brigando pelo título com o Equador. Para isso, o Brasil faz o clássico contra a Argentina na última rodada e, além da vitória, vai precisar secar os equatorianos. Independentemente de quem levante o troféu, o torneio de base serviu para destacar jovens promessas do continente. Nesta sexta-feira, 21, o blog La Popular apresenta sete protagonistas da competição, que em breve devem ganhar espaço no cenário profissional.
Confira as estrelas do futebol sudaca sub-17:
‘Diablito’ Echeverri (Argentina)
A seleção argentina precisa golear o Brasil na última rodada e secar o Equador para conseguir o improvável título sul-americano. Apesar de estar distante do troféu, os hermanos possivelmente foram responsáveis por revelar o principal nome do torneio: Claudio ‘Diablito’ Echeverri. O camisa 10 albiceleste é fruto das canteras do River Plate e deve receber oportunidades do técnico Demichelis no profissional. Até aqui, o torneio sub-17 registrou quatro gols e três assistências do camisa 10, que é destro e atua como meia central, jogando da esquerda para o centro. O argentino tem uma média próxima de 10 dribles por jogo na competição: habilidoso no 1×1 e talentoso para conduzir a bola, finalizar com qualidade ou mesmo servir os companheiros. Tem o apelido de “Diabinho”, em razão da semelhança de seu sobrenome com o de Marco Etcheverriy, ex-jogador boliviano cuja alcunha era “El Diablo”. Seria Claudio Echeverri o ‘novo Messi’?
David Martínez (Venezuela)
Confirmada no Mundial sub-17, a seleção da Venezuela foi uma das gratas surpresas do torneio. O trabalho de base da Vino Tinto tem evoluído e ganhado cada vez mais qualidade ao longo dos anos. Dessa geração, destaca-se David Martínez, o principal nome venezuelano na competição sul-americana. Atleta do modesto Monagas, o meia-atacante soma quatro gols e duas assistências, quase sempre atuando pelo corredor da direita e com a perna invertida. Não falta talento na perna esquerda, inclusive, para bater na bola – ótima mira e eficiência em finalizações a média distância. O venezuelano Martínez tem projeção para sair de seu país e disputar campeonatos mais competitivos. O próprio River Plate já demonstrou interesse no jovem.
Kendry Páez (Equador)
O Equador chega para a última rodada do Sul-Americano como líder do hexagonal final e favorito ao título do torneio (precisa vencer e manter o saldo maior que do Brasil). Cria do brilhante trabalho de base que faz o Independiente del Valle, o capitão e camisa 10 da seleção equatoriana chama-se Kendry Páez, tem apenas 15 anos, mas futebol de gente grande. Mesmo atuando no país, o jovem já foi vinculado ao Chelsea, por 20 milhões de euros. São três assistências até aqui e apenas um gol na competição, justamente o tento decisivo no duelo direto contra a Argentina. O jovem canhoto joga no meio-campo e gosta de cair pela direita, atuando com a perna invertida. Entende os momentos do jogo, se adapta aos diferentes ritmos, tem ótima qualidade no passe, habilidade no 1×1 e físico acima da média para sua categoria. O teto desse equatoriano ainda é inimaginável.
Keny Arroyo (Equador)
Parceiro de Páez no Equador, o ponta esquerda da seleção é Keny Arroyo, de 17 anos. Também formado pelo Independiente del Valle e canhoto dominante, Arroyo ganhou grande destaque na partida contra o Brasil, que terminou empatada por 2 a 2 e com dois gols de sua autoria. O equatoriano gosta de carregar a bola no corredor e tem habilidade para 1×1, mas mais que isso, tem variação para dar profundidade ou mesmo atacar em diagonal. Com bom poder de finalização, Arroyo também é um dos responsáveis pela bola parada e cobrador de pênalti na seleção sub-17. Até aqui, o ponta marcou três gols no torneio.
Rodrigo Villalba (Paraguai)
A seleção do Paraguai avançou para o hexagonal final, mas não conseguiu se classificar para o Mundial sub-17. Ainda assim, fez uma campanha de destaque no Sul-Americano da categoria. Aos 17 anos, Rodrigo Villalba é capitão e principal arma da seleção paraguaia. Formado no tradicional Libertad, o ponta esquerda é destro e atua com a perna invertida, mas tem versatilidade dentro de campo para distintas funções. Habilidoso, é difícil parar Villalba quando tem espaço e resolve acelerar com a bola no pé. O atacante tem uma média de 10 dribles por partida no torneio sul-americano da categoria. O paraguaio também tem bom poder de finalização, que rendeu quatro gols até aqui na competição. Apesar do talento, Rodrigo ficou marcado no confronto contra o Brasil por fazer um gol contra, em duelo que terminou 3 a 2 para nosotros brasileiros.
Kauã Elias e Dudu (Brasil)
A seleção brasileira ainda sonha com o título e disputa o caneco com o Equador. Para isso, o Brasil precisa vencer o clássico contra a Argentina, na última rodada, e secar os equatorianos contra a Venezuela. A combinação de resultados faria os brasileiros gritar ‘campeão’. Com ou sem título, a dupla Kauã Elias e Dudu foram as principais armas de ataque. Cria do Fluminense, o centroavante Kauã Elias é o artilheiro da competição com cinco gols marcados até aqui. Já Dudu, do Athletico-PR, é o garçom com três assistências.
Estamos no Mundial Sub-17!!! 🤩
Parabéns a todos os envolvidos é muito obrigado pelo apoio de vocês!
Vamos por mais! 💪🇧🇷 pic.twitter.com/TElX4a1j0S
— CBF Futebol (@CBF_Futebol) April 18, 2023