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As novidades e curiosidades sobre o mercado de uniformes de futebol. Afinal, camisa pesa
Seleção brasileira já vestiu vermelho em dois campeonatos
Cor diferente da bandeira fere estatuto da CBF e não deve ser usada na Copa do Mundo de 2026
Uma versão vermelha da camisa da seleção brasileira inundou nesta segunda-feira, 28, as redes sociais. Se utilizada, não será a primeira vez que o time hoje pentacampeão vestirá a cor. Na semana passada, PLACAR apurou que cores diferentes da bandeira ferem o estatuto da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e confirmou que o uniforme 2 da Copa de 2026 será azul.
Com o uniforme 2 como conhecido, ainda que a tonalidade e os desenhos possam ser diferentes, o uniforme vermelho, inicialmente divulgado pelo portal especializado Footy Headlines, deve ficar como terceira opção. O estatuto admite a mudança para jogos comemorativos ou eventos especiais.
“Os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF e conterão o emblema […] podendo variar de acordo com exigências do clima, em modelos aprovados pela Diretoria, não sendo obrigatório que cada tipo de uniforme contenha todas as cores existentes na bandeira e sendo permitida a elaboração de modelos comemorativos em cores diversas, sempre mediante aprovação da Diretoria”, diz o estatuto, no capítulo “Dos Símbolos”.
A camisa vermelha seria lançada com o logo da linha Air Jordan, dentro do contrato que a CBF tem com a Nike até 2038. A CBF não se manifestará sobre o assunto. A fornecedora de material esportivo não respondeu à reportagem até o momento.
Quando a seleção brasileira vestiu vermelho
A primeira vez da seleção brasileira com uma camisa vermelha foi no terceiro ano de sua história. No Campeonato Sul-Americano de 1917, no Uruguai, a Argentina e o Chile também usavam uniformes branco e, por isso, ficou estabelecido em sorteio que o Brasil jogaria com a camisa improvisada contra essas equipes.
Também em um Campeonato Sul-Americano, mas em 1936, na Argentina, Brasil e Peru entraram em campo com uniformes brancos. O Independiente acabou tendo de emprestar as suas camisas de jogo para a seleção brasileira. A história é contada no livro “Todas as camisas e jogos da seleção brasileira”, de Duda Sampaio, pubicado pela editora Contato Comunicação (2015).
Foi só na final da Copa de 1958, que a seleção brasileira pensou efetivamente em ter um segundo uniforme. E ele foi azul. Como a rival Suécia, anfitriã daquele Mundial, jogava de amarelo, dirigentes da então CBD (antecessora da CBF), saíram às ruas de Estocolmo atrás de um uniforme reserva. O azul foi o escolhido e, desde então, passou a ser o segundo uniforme da seleção.
O primeiro uniforme, amarelo desde depois da derrota para o Uruguai, na Copa de 1950, no Brasil, não será alterado ainda que possa igualmente ganhar outros tons. O lançamento oficial acontece em março de 2026.
