De acordo com o portal Footy Headlines, empresa americana avalia lançar polêmico uniforme como edição especial, ainda que ela não seja usada em partidas oficiais
Mesmo após a CBF rejeitar sumariamente a ideia de a seleção brasileira entrar em campo com uma camisa vermelha, a fornecedora Nike ainda cogita levar o modelo vetado às lojas.
O site especializado em uniformes Footy Headlines revelou nesta segunda-feira, 25, que a empresa estuda vender a peça cancelada como uma edição especial ou item de colecionador.
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A decisão de vetar a camisa surgiu de uma reação muito negativa do público. Muitos torcedores ligaram a cor a questões políticas (o vermelho representaria a esquerda brasileira em pleno ano de eleição presidencial), enquanto outros afirmaram que o vermelho foge das tradições da seleção.
De acordo com o portal, a Nike já havia produzido milhares de unidades antes do anúncio do cancelamento. Por isso, a marca busca agora alternativas para recuperar parte do investimento.
Não há chance, no entanto, de o Brasil utilizar vermelho em uma partida. O fato de o Brasil ter um terceiro uniforme apenas para uso comercial não seria inédito. Em 2014, a CBF lançou uma camisa verde usada apenas em treinamentos.
Seleção brasileira usou camisa verde em treino de 2014 – Acervo/PLACAR
O uniforme, desenvolvido pela marca Jordan, seria usado na Copa de 2026. No entanto, em junho, o novo presidente da CBF, Samir Xaud, confirmou que o Brasil seguirá com o tradicional azul como segunda opção, algo que a gestão anterior também já afirmava publicamente.
“Foi um assunto delicado. Vou fazer até um parêntese. Muita gente levou para o lado político. Eu levei para o lado do Brasil, das cores da bandeira do Brasil. Azul, amarelo, verde e branco são cores das nossas bandeiras e são as cores que têm que ser seguidas”, afirmou Xaud, em entrevista ao SporTV.
“Eu fui contra a camisa vermelha, não por questão política. Realmente estava em produção. Fiz uma reunião urgente com a Nike, pedi que parasse a produção. Eu particularmente não gostei”, analisou.
“A Nike entendeu o motivo. Começaram em seguida a produção da nova camisa. Posso falar que está muito bonita. Essas discussões políticas não podem entrar em campo ou interferir na seleção brasileira. Antes dessa questão política, da camisa vermelha, todos vestiam amarelo. Temos que resgatar o torcedor pelo futebol, não pela política”, finalizou.
Vale lembrar que o desenvolvimento e a produção de um uniforme de Copa do Mundo levam entre 18 e 24 meses. Assim, quando a polêmica explodiu, a fabricação em larga escala já estava em andamento.
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