Mercado de camisas autografadas irrita Guardiola e outros ídolos
Antes do técnico do Manchester City, Ronaldo Fenômeno já havia reclamado de fã que supostamente lhe pedia assinaturas para revender camisas
Viralizou nesta segunda-feira, 13, um vídeo em que Pep Guardiola dá bronca em um grupo de jovens que lhe pedia autógrafos em um estacionamento: “Não venham de novo, eu não vou assinar outra vez”, avisa o técnico do Manchester City.
O que poderia soar como mera antipatia do técnico com um grupo de fãs foi, na verdade, um protesto contra um mercado que já incomoda outros ídolos. É cada vez mais comum, no Brasil e no exterior, que fãs cerquem personalidades do futebol com camisas a serem assinadas e depois revendidas em sites especializados em memorabilia (itens de colecionador).
“Eu conheço o rosto de vocês. Vão para a escola, se preparem. Vocês são jovens, não fiquem aqui desperdiçando tempo. Vocês querem fazer isso a vida toda? Quais são seus sonhos. Pratique [para realizá-los]!”, discursa Guardiola.
Guardiola dá bronca em jovens que lhe pedem autógrafos:
"Não venham de novo, eu não vou assinar mais, conheço o rosto de vocês. Vocês são jovens, vão para a escola, se preparem. Vocês querem viver a vida toda fazendo isso?"
📽 @ctmemorabila07
— Placar (@placar) January 13, 2025
No vídeo, publicado primeiramente na conta @ctmemorabila07, é possível ver camisas do Barcelona dos tempos em que Guardiola era jogador, devidamente preparadas para serem assinadas.
De acordo com o perfil @City_Xtra, Guardiola foi abordado pelos jovens no estacionamento de seu prédio. O fato de o treinador ter dito que reconhece os rostos dos garotos dá a entender que se trata de uma atitude recorrente.
Modelos como os vistos nas mãos dos garotos, originais ou não, são vendidos com frequência em sites como eBay e outros mais especializados, geralmente por preços bem altos, acima de 1.500 reais.
No Brasil, quando era dono da SAF do Cruzeiro, Ronaldo Fenômeno também se incomodou com um rosto familiar. ” Você toda vez tá aqui com as camisas. Que que você faz com as camisas?”, questionou.
Ao ouvir que seria a camisa para um amigo, o ex-atacante retrucou: “Tu tem amigo para caramba, hein. Vou te achar na internet para ver se tu vende as camisas. Vou te achar, fica tranquilo.”
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— Cavalinho do Cruzeiro (@cavalinhodocec) April 18, 2023
Outro fato curioso ocorreu com o jogador português Nani, no fim de 2024. Um fã o entregou uma camisa, supostamente usada por Nani na partida contra o País de Gales na Euro-2016, e ao invés de assinar a camisa, o ponta com passagem pelo Manchester United levou a camisa para casa, afirmando que ela lhe pertencia e havia sido roubada de sua casa.
Adepto pediu a Nani que autografasse uma camisola e o mesmo recusou dizendo que a camisola lhe pertencia e que tinha sido roubado de sua casa.
Colocou a camisola no banco de passageiro e não devolveu. O lesado afirma ter comprado a camisola na app Vinted.
🧶 … pic.twitter.com/crQT64q3og
— A Braçadeira (@abracadeirapt) October 18, 2024
Nani foi acusado de roubo pelo torcedor e sua assessoria enviou uma nota para dizer que a situação seria solucionada:
“A camisa em questão foi vista por Nani como uma camisa oficial da sua coleção particular, alvo de furto. Na época, várias dessas camisas apareceram à venda online, mas não foi possível o jogador recuperar todas as camisas.
A camisa que o jogador manteve em seu poder após o torcedor pedir um autógrafo, conforme visto no vídeo, foi recolhida para ser objeto de verificação, para apurar se se tratava de uma camisa roubada da sua coleção particular. Após pegar a camisa, Nani perguntou ao torcedor onde comprou a camisa e garantiu que ela seria devolvida, caso conseguisse confirmar que não era dele.
Por se tratar de um de valor emocional elevado para o jogador, já que foi a camisa usada no jogo que Portugal foi à final da Euro-2016, onde Nani marcou um gol, o jogador reagiu de forma emotiva ao querer validar se a mesma não seria a que lhe foi roubada.
Assim que a situação estiver resolvida, Nani irá conversar com o torcedor, tal como lhe indicou quando no dia que aconteceu a situação”.