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Clube promete expulsar torcedores que usarem camisas falsificadas

Medida anunciada pelo clube inglês, Sheffield Wednesday, visa o combate a pirataria e comércio ilegal; especialistas avaliam a iniciativa

Uma equipe da segunda divisão do futebol inglês deu o que falar nesta semana. O Sheffield Wednesday, anunciou que pode solicitar a retirada de torcedores que usarem camisas falsificadas nas arquibancadas de seu estádio, o Hillsborough. A equipe alegou que os produtos não geram receita ao clube e não têm a mesma qualidade daqueles produzidos de forma oficial.

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Os ‘Owls’, como também são conhecidos, já vêm trabalhando contra a falsificação e, segundo comunicado, estão em contato com as autoridades para tirar do ar sites e banir lojas que não possuam vínculo com o Sheffield Wednesday. Na visão dos especialistas, existem também outras maneiras de enfrentar o comércio ilegal.

“Para o clube é importante ter dois, três níveis de oferecimento de produtos para o público. Uma camiseta superoficial, que o jogador costuma atuar, hoje tem um preço mais alto. Agora, uma de qualidade um pouco inferior pode ter um valor mais acessível. Outra opção seria uma espécie de réplica para trabalhar com um valor ainda menor e que possa combater de frente a pirataria”, disse Fábio Wolff, que presta consultoria na área do marketing esportivo.

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Camisa da atual temporada do Sheffield Wednesday - Reprodução/Twitter
Camisa da atual temporada do Sheffield Wednesday – Reprodução/Twitter

A pirataria não é novidade no esporte. No Brasil, por exemplo, os números chamam a atenção. Em 2022, o Fórum Nacional de Combate à Pirataria estimou prejuízo de R$410 bilhões pela venda de produtos piratas naquele ano. Já no setor de artigos esportivos, uma pesquisa do Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) apontou que, em 2021, 60 milhões de camisas de time foram comercializadas no país, sendo que 22 milhões destas eram falsificadas. Os materiais não oficiais voltados para a prática esportiva, incluindo itens como agasalhos e tênis, geraram prejuízo de R$9 bilhões para a economia no período.

Para Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM, é papel dos clubes trabalhar com uma gama de produtos que seja capaz de atender os diversos tipos de torcedores. “Outra medida importante para combater a pirataria é promover iniciativas de conscientização. A maioria dos torcedores acaba não ligando o fato de que, ao comprar um produto não oficial, você está lesando o clube de coração. O time que você ama normalmente é aquele que você quer apoiar e ajudar, e não lesar. Acho que falta, inclusive, conhecimento em relação a isso.”

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