Brasil tem ‘candidatura corajosa’ para sediar Copa feminina
Fifa escolhe nesta quinta-feira, às 23h (de Brasília), a sede do Mundial de 2027; ‘Vamos ocupar os mesmos espaços dos homens’, diz Manu Biz, executiva da candidatura verde-amarela
No ano em que recorda os dez anos da realização da Copa do Mundo masculina, o Brasil pode receber nesta quinta-feira, 16, a notícia da primeira Copa do Mundo feminina. A Fifa anuncia a partir das 23h (de Brasília) a sede do Mundial de 2027. Com uma ‘candidatura corajosa’, o país enfrenta uma trinca formada por Alemanha, Bélgica e Holanda.
A comitiva brasileira está em Bangkok, na Tailândia, onde acontecerá o 74º Congresso da Fifa, e será dado o anúncio. O evento terá transmissão pelo canal Fifa+ (streaming).
Manu Biz, coordenadora da candidatura verde-amarela, comemora ter chegado ao estágio final com a melhor proposta possível. Com respostas positivas de parceiros comerciais e as garantias governamentais necessárias para a realização de um evento de tamanha magnitude, a perspectiva é boa.
“Temos uma proposta bastante robusta com estádios que já foram feitos para a Copa do Mundo masculina. A gente não teve medo de oferecer os melhores estádios que a gente tem. Queríamos que as mulheres não ocupassem apenas estádios já prontos, mas oferecer os melhores palcos para elas jogarem futebol. Vamos ocupar os mesmos espaços, e espaços que foram valorizados nos relatórios”, disse Manu, em entrevista à PLACAR.
O Brasil recebeu as melhores notas no Relatório de Avaliação de Candidaturas: 4 contra 3,7 de Alemanha, Bélgica e Holanda, em uma escala que iria até 5. Contou a favor do país, a experiência de dez anos atrás e, principalmente, estádios prontos.
Os estádios da candidatura brasileira são dez, todos usados no último Mundial: Maracanã (Rio), Mineirão (Belo Horizonte), Mané Garrincha (Brasília), Arena Pantanal (Cuiabá), Castelão (Fortaleza), Arena da Amazônia (Manaus), Beira-Rio (Porto Alegre), Arena Pernambuco (Recife), Arena Fonte Nova (Salvador) e Arena Corinthians (São Paulo). Em relação à Copa do Mundo, apenas Arena da Baixada (Curitiba) e Arena das Dunas (Natal) ficaram de fora.
A Copa do Mundo feminina no Brasil seria a primeira na América do Sul em dez edições. Além de Manu, Ednaldo Rodrigues (presidente da CBF), André Fufuca (ministro do Esporte), Aline Pellegrino (vice- gerente de Competições Femininas da CBF), Kerolin (atacante da seleção brasileira), Formiga (ex-seleção brasileira) e Valesca Araújo, Jacqueline Barros e Ricardo Trade fazem parte da comissão.
“A ideia de sediar uma Copa do Mundo não vem do nada. Não está perdida no tempo e no espaço. Ela é resultado das mulheres que vieram antes da gente, das pioneiras que brigaram por esse espaço, mas também temos esse momento de reconhecimento de que temos estada pela frente. A Copa do Mundo é um catalisador desse processo”, disse Manu.
O Brasil nunca conquistou a Copa do Mundo feminina (foi vice-campeã em 2007), que tem os Estados Unidos na liderança (quatro títulos), seguidos por Alemanha (dois), Noruega, Japão e mais recentemente Espanha (um título cada).
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