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Árbitro da final da Champions se desculpa por presença em ato político

Investigado pela Uefa, Szymon Marciniak disse desconhecer conteúdo do evento de partido de extrema-direita e foi mantido para City x Inter

O polonês Szymon Marciniak foi mantido como árbitro da final da Liga dos Campeões entre Inter de Milão e Manchester City, em meio a uma confusão política. Investigado pela Uefa por ter participado de um comício organizado por Slawomir Mentzen, líder da extrema-direita polonesa, acusado de promover homofobia, xenofobia, racismo e antissemitismo, ele se desculpou nesta sexta-feira, 2, em comunicado divulgado pela federação europeia.

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“Quero expressar minhas mais profundas desculpas pelo meu envolvimento e qualquer aflição ou dano que possa ter causado. Eu não sabia que estava associado a um movimento polonês de extrema-direita. Se eu soubesse desse fato, teria recusado categoricamente o convite”, afirmou Marciniak, que foi o árbitro da final da Copa do Mundo do Catar. 

“É importante entender que os valores promovidos por este movimento são totalmente contrários às minhas crenças pessoais e aos princípios que busco defender em minha vida. Estou profundamente arrependido por qualquer percepção de que minha participação possa tê-los contradito”, completou. A Uefa declarou que reconhece as desculpas de Marciniak e seu compromisso de ajudar no combate à discriminação.

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Entenda o caso

De acordo com a denúncia feita pela organização antirracista Never Again, Marciniak participou como palestrante em uma degustação de cerveja organizada em 29 de maio por Mentzen, que é o líder do Partido da Confederação, conhecido por utilizar slogans como: “Somos contra judeus, gays, aborto, impostos e a União Europeia”.

De acordo com o diário britânico The Guardian, a Uefa decidiu abrir uma investigação sobre o caso e considerou retirar Marciniak da final de 10 de junho, em Istambul, na Turquia. “A Uefa está ciente das alegações em torno de Szymon Marciniak e pede esclarecimentos urgentes. A Uefa e toda a comunidade do futebol abominam os ‘valores’ promovidos pelo grupo em questão e levam as acusações muito a sério”, informou a entidade na quinta-feira, 1º.

Marciniak foi escolhido pela Fifa como árbitro da final entre a campeã Argentina e a França na Copa do Catar. O inglês Anthony Taylor era o árbitro favorito, mas a presença da equipe sul-americana na decisão acabou levando o apito para a Polônia, para evitar qualquer confusão entre argentinos e ingleses, segundo informações do diário britânico The Times.

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