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PLACAR lança o guia do Brasileirão 2024; garanta o seu

Edição de maio conta com destaques das Séries A e B, ficha de 360 jogadores, tabela completa e muito mais; já disponível no Mercado Livre e nas bancas

Por Da redação |
Edição 1511 de PLACAR, o guia do Brasileirão 2024 - Bruna Franco/Arte Placar

Edição 1511 de PLACAR, o guia do Brasileirão 2024 - Bruna Franco/Arte Placar

O Campeonato Brasileiro de 2024 já começou e PLACAR, dando sequência a décadas de tradição, lançou o melhor guia para acompanhar esta disputa. A edição de maio já está disponível em nossa loja oficial no Mercado Livre e chega às bancas de todo o país a partir desta sexta-feira, 3.

O guia contém uma apresentação de todas as equipes participantes, tanto da Série A quanto da Série B, com seus respectivos destaques e treinadores, histórico na competição, entre outras informações. Todas as equipes da Série A contam com fichas técnicas de 18 atletas, além do esquema tático.

Palmeiras no guia do Brasileirão de 2024 – Reprodução/Placar

PLACAR também mantém a tradição de fazer suas apostas para o campeonato, com palpites como “candidato ao título”, “briga por Libertadores”, “figurante” e “luta contra a queda”. A tabela completa, outro item querido pelos assinantes, segue marcando presença e poderá ser preenchida a cada rodada.

Série B também é destaque no guia do Brasileirão 2024 – Reprodução/Placar

A edição traz ainda uma série de recordes e informações de almanaque, cuidadosamente coletados pelo jornalista Rodolfo Rodrigues.

Recordes do Brasileirão no guia de 2024 – Reprodução/Placar

Confira, abaixo, a carta ao leitor desta edição:

O COPO MEIO CHEIO

Como qualquer senhora de 54 anos, a revista PLACAR viveu o suficiente para se tornar ultradesconfiada. Num terreno tão fértil em bravatas e trapalhadas como o do futebol brasileiro, o ceticismo se faz quase uma obrigação moral. A 69ª edição do Campeonato Brasileiro tinha tudo para ser a última organizada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pois em 2025 se abre uma nova janela de negociações de direitos de transmissão, mas a completa incapacidade dos clubes em encontrar um denominador comum e colocar no papel uma liga independente não nos autoriza ser tão otimista. O fracasso da Copa União de 1987 segue viva em nossa memória. No guia daquele Brasileirão, o diretor-geral Juca Kfouri escreveu uma coluna intitulada “A retumbante vitória dos clubes”, na qual celebrava a organização das 13 equipes mais populares do país (e mais três convidados que formariam a primeira divisão) como “o grito de independência há tanto aguardado”. Sim, o Brasil poderia ter tido a sua própria Premier League, cinco antes da criação da badalada liga inglesa. No entanto, demos com os burros n’ água e o torneio só é lembrado até hoje em razão da chatérrima polêmica sobre quem é o legítimo campeão, se Flamengo ou Sport.

Trinta e sete anos se passaram e seguimos com muito a lamentar. A edição de 2024 já começou sob ameaças de ser paralisado e com a imagem abalada por denúncias inesperadas e, ao que tudo indica, inoportunas do empresário americano John Textor. O dono da SAF do Botafogo vem colocando em xeque a lisura do campeonato desde o dia em que a equipe carioca levou a histórica virada por 4 a 3 que definiria sua derrocada e consequente impulso do Palmeiras rumo ao 12º título. Textor repetiu ter provas de que as edições de 2022 e 2023 foram manipuladas em favor da equipe paulista. Convocado a uma CPI em Brasília para apresentá-las, não exibiu nada realmente contundente. Ele garante ter o objetivo de moralizar o futebol brasileiro, mas até agora só repetiu um dos mais retrógrados métodos de nossos cartolas.

Textor não está só em suas teorias da conspiração. A cada rodada, clubes inundam suas redes sociais com notas de repúdio contra a arbitragem – e obviamente ignoram o tema quando há um erro claro a seu favor. Jogadores não cansam de simular faltas e tumultuar o ambiente. Os apitadores tampouco se ajudam, e o VAR extremamente intervencionista colabora com o clima de total descrédito. A maioria dos dirigentes nem sequer se importa em sanear as contas dos clubes e vão deixando dívidas impagáveis a seus sucessores. No entanto, diante de tanta confusão e gritaria, PLACAR faz questão de cumprir o seu papel mediador e ressaltar que metade deste copo está cheia.

John Textor, durante a CPI da Manipulação dos Jogos: bravatas fora de campo – Divulgação

Se não é ainda um campeonato de primeiríssima linha – longe disso –, o Brasileirão claramente evoluiu nos últimos anos. Palmeiras e Flamengo puxam a fila dos bons exemplos, mas há mais componentes dignos de elogios. No ano passado, foi batido o recorde de público, com média de 26 733 torcedores por partida, com participação ativa de torcedores do Nordeste e do Centro-Oeste. O campeonato, transmitido para 160 países, reservou emoções até o fim e teve como protagonistas uma lenda mundial – o uruguaio Luisito Suárez, do Grêmio – e um prodígio brasileiro, Endrick. O artilheiro de 17 anos está de saída para o Real Madrid, mas já tem ao menos dois potenciais sucessores no Verdão, Estevão e Luís Guilherme. Já o Tricolor Gaúcha deposita suas esperanças em Nathan Fernandes, de 19 anos.

É justamente a fonte inesgotável de talento, somada à capacidade financeira de atrair gringos bons de bola, que faz de nosso campeonato o melhor da América Latina, com sobras – e os cinco títulos seguidos de Libertadores de nossos representantes são prova disso. Em 2023, foi batido o recorde de atletas estrangeiros (126) no país, marca que deve ser superada em breve. Os técnicos de fora, como o lusitano Abel Ferreira, também contribuíram para a subida de patamar da disputa. Fiscalizar e denunciar as mazelas do nosso futebol é nossa missão há mais de cinco décadas, o que não significa esculhambar gratuitamente o nosso produto. O Brasileirão já começou a escrever novas páginas heroicas – e assim será para sempre. Desfrutemos do copo meio cheio!

Luís Guilherme (à dir.) comemora com Endrick: fonte inesgotável de talentos – César Greco/Palmeiras

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