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Dorival queria brasileiro na seleção e preferia Guardiola a Ancelotti

Em entrevista exclusiva à PLACAR, técnico do São Paulo explica opção para o comando do país e revela expectativas pelo cargo; edição de agosto chega às bancas dia 11

O técnico Dorival Júnior, 61 anos, é descrito constantemente como um “gentleman” por pessoas com quem conviveu nos vinte anos de carreira como treinador. O atual comandante do São Paulo, nem por isso, refuga em dar opiniões mais contudentes. Para ele, o sucessor de Tite na seleção brasileira deveria ser outro brasileiro – a CBF aguarda pelo fim do contrato do italiano Carlo Ancelotti com o Real Madrid. E mais: ele ainda diz que, na opção por um estrangeiro, escolheria Pep Guardiola, do Manchester City.

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“Eu sempre defendi um profissional brasileiro. Sempre. Agora, [o Ancelotti] foi uma pessoa que me recebeu maravilhosamente bem quando lá estive, não tenho o que falar. As pessoas só falam bem dele como profissional. Não sei o que vai acontecer futuramente, está nas mãos de Deus, e aquilo que for o melhor para o futebol brasileiro, que aconteça, essa é a nossa torcida. Mas eu sempre acreditei no trabalho do profissional brasileiro porque eu sei o que todos nós passamos em cada clube que estamos, as dificuldades que nós temos para desenvolver trabalhos porque não é só gerar resultados. E o que nem sempre acontece, justamente por esse número de fatos que eu pontuei. Agora, a capacidade de um profissional como esse não se discute. Eu entendo que o melhor treinador que eu tenho acompanhado nos últimos anos é o Guardiola, é uma opinião minha”, disse Dorival em entrevista exclusiva que estará na edição de agosto de PLACAR, que chega às bancas no próximo dia 11.

“Eu acho que se realmente nós vamos atrás [de um estrangeiro], o melhor profissional, talvez esse fosse o nome (Pep Guardiola). Isso na minha concepção, mas não quer dizer que de repente na sua, ou na sua, seja o mesmo. É um cara que eu sinto muita confiança naquilo que ele demonstra, que ele apresenta”, completou.

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Dorival foi um dos nomes cotados para assumir o cargo antes da CBF oficializar a contratação de Fernando Diniz, do Fluminense, que dirigirá a equipe nacional de forma interina até junho de 2024, quando a entidade acredita espera apresentar Ancelotti. O acordo ainda é negado pelo treinador.

Na entrevista, o técnico são-paulino contou ter alimentado expectativas controladas em torno de uma possível oportunidade no cargo, embalado pelos recentes títulos da Copa do Brasil e da Libertadores com o Flamengo, no fim do último ano.

“Eu acho que a expectativa todo profissional tem. Você pode até achar que as suas possibilidades sejam um pouco maiores, um pouco menores, mas todo profissional tem. Eu sempre tratei isso com muito equilíbrio. Eu nunca me empolguei e, nem tão pouco, achei que tivesse totalmente descartado. De repente, pela forma como foi lembrado o meu nome, pode até ter sido ventilado, pode ter acontecido, mas nunca criei uma expectativa muito grande e nem tão pouco deixei de tê-la”, explicou o treinador, que ainda elogiou Diniz:

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“O Diniz é um profissional muito preparado. É um cara estudioso, que tem uma visão própria de futebol e isso tem que ser respeitado. É um cara que eu não tenho dúvida que terá uma carreira muito sólida e brilhante pela frente. Pela capacidade que possui, pelas condições que apresenta, enfim, e pelo ser humano que ele é”.

Técnico está em sua segunda passagem pelo São Paulo - Rubens Chiri/São Paulo FC
Técnico está em sua segunda passagem pelo São Paulo – Rubens Chiri/São Paulo FC

Dorival ainda disse nutrir o sonho de um dia dirigir a seleção: Não [desisti]. Eu acho que se um dia vier a acontecer, ela vai acontecer no momento certo. Se um dia tiver que acontecer”, concluiu.

Nos próximos dias, PLACAR divulgará outros trechos da entrevista com Dorival Júnior, tanto no site quanto na PLACAR TV. Ele fala sobre técnicos brasileiros “terem sorte”, a saída inesperada do Flamengo, os motivos para ter ficado quase cinco meses sem trabalhar, a falta de reconhecimento, mudanças necessárias no futebol do país, e muito mais. A íntegra da entrevista e a edição de agosto saem no dia 11.

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