O CT do Instituto Superar, que fica pronto em 2013
1/50 O brasileiro Daniel Dias comemora medalha de ouro nos 50m borboleta (Suzanne Plunkett/Reuters/VEJA)
2/50 O irlandês Mark Rohan comemora medalha de ouro no ciclismo de mão, nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 07/09/2012 (Luke MacGregor/Reuters/VEJA)
3/50 O brasileiro Jonathan de Souza Santos durante prova de arremesso de peso nas paralímpiadas, em 06/09/2012 (Julian Finney/Getty Images/VEJA)
4/50 A chinesa Lisha Huang em prova de 200m nas paralímpiadas, em 06/09/2012 (Julian Finney/Getty Images/VEJA)
5/50 Luciano Pereira dos Santos durante salto triplo na Paralímpiada de Londres, em 06/09/2012 (Suzanne Plunkett/Reuters/VEJA)
6/50 Time sul-africano no revezamento 4×100, medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 06/09/2012 (Reuters/VEJA)
7/50 Ex-piloto da F-1, o italiano Alessandro Zanardi venceu a prova de contrarrelógio do ciclismo da Paralimpíada de Londres (Leon Neal/AFP/VEJA)
8/50 John Cassidy do Canadá compete na final dos 1500m categoria T54 nos Jogos Paralímpicos de Londres 2012 (Scott Heavey/Getty Images/VEJA)
9/50 Mohamed Eldib do Egito, durante a cerimônia de premiação do levantamento de pesos para homens categoria 100 Kg (Matthew Lloyd/Getty Images/VEJA)
10/50 Michal Stark da República Checa compete no ciclismo categoria C2 (Hannah Johnston/Getty Images/VEJA)
11/50 A brasileira Terezinha Guilhermina, abriu mão de disputar o pódio na final dos 400 m rasos da classe T12 da Paraolimpíada de Londres depois que notou a queda de seu guia Guilherme Soares de Santana. Em solidariedade, a atleta se jogou na pista e desistiu da prova (Christopher Lee/Getty Images/VEJA)
12/50 A brasileira Terezinha Guilhermina, abriu mão de disputar o pódio na final dos 400 m rasos da classe T12 da Paraolimpíada de Londres depois que notou a queda de seu guia Guilherme Soares de Santana. Em solidariedade, a atleta se jogou na pista e desistiu da prova (Leon Neal/AFP/VEJA)
13/50 Terezinha Guilhermina e seu guia Guilherme Soares de Santana. Em solidariedade, a atleta se jogou na pista e desistiu da prova após notar a queda do companheiro (Leon Neal/AFP/VEJA)
14/50 Terezinha Guilhermina e seu guia Guilherme Soares de Santana. Em solidariedade, a atleta se jogou na pista e desistiu da prova após notar a queda do companheiro (Leon Neal/AFP/VEJA)
15/50 Brasileiro Felipe Gomes e seu guia Leonardo Souza Lopes, durante a premiação dos 200m T11 (Scott Heavey/Getty Images/VEJA)
16/50 Os brasileiros Dirceu José Pinto e Eliseu Dos Santos, medalha de ouro no torneio de bocha (Getty Images/VEJA)
17/50 Príncipe Harry ganha lembrança de atleta australiana durante a Paraolimpíada, em Londres (Luke MacGregor/Reuters/VEJA)
18/50 Partida de vôlei entre Brasil e China na Paralímpida de Londres, em 04/09/2012 (Getty Images/VEJA)
19/50 O brasileiro Daniel Dias com a medalha de ouro, na conquista nos 100 m peito, na categoria SB4 em Londres (Clive Rose/Getty Images/VEJA)
20/50 O venezuelano Jesus Aguilar, após queda pouco antes da linha de chegada nos 800 m classe T53 no Estádio Olímpico de Londres (Glyn Kirk/AFP/VEJA)
21/50 O francês David Labarre cobra pênalti contra a Turquia, durante a Paralímpiada de Londres (Getty Images/VEJA)
22/50 Brasileiros são conduzidos para partida de futebol contra a China, em 04/09/2012 (Getty Images/VEJA)
23/50 O brasileiro Alan Fonteles recebe medalha de ouro após vencer a prova de 200 m rasos nas Paraolimpíadas de Londres (Tal Cohen/EFE/VEJA)
24/50 Oscar Pistorius cumprimenta Alan Fonteles no pódio, nos Jogos Paralímpicos de Londres, nesta segunda-feira (Leon Neal/AFP/VEJA)
25/50(Adrian Dennis/AFP/AFP)
26/50 André Brasil conquista a medalha de ouro nos 50 m livre S10 nos Jogos Paralímpicos de Londres em 31/08/2012 (Clive Rose/Getty Images/VEJA)
27/50 O atleta australiano Grant Patterson se dirige até a piscina do Centro Aquático utilizando uma bicicleta (Stefan Wermuth/Reuters/VEJA)
28/50 André Brasil venceu os 50 m livre S10 (Clive Rose/Getty Images/VEJA)
29/50 A britânica Hannah Cockroft venceu a prova feminina de 100m, categoria T34, nos Jogos Paraolímpicos de Londres (Julian Finney/Getty Images/VEJA)
30/50 André Brasil disputa as eliminatórias dos 50 m live S10, para nadadores com limitações físico-motoras (Buda Mendes/CPB/Divulgação/VEJA)
31/50 A atriz britânica Barbara Windsor e o prefeito de Londres Boris Johnson participam de jogo de exibição de vôlei sentado (Suzanne Plunkett/Reuters/VEJA)
32/50 Atleta Daniel Dias conquista a medalha de ouro nos 50m livre no Parque Aquático de Londres, em 30/08/2012 (Clive Rose/Getty Images/VEJA)
33/50 O nadador André Brasil, que conquistou uma medalha de prata na estreia em Londres (Buda Mendes/CPB/Divulgação/VEJA)
34/50 Partida entre Irã e China no goalball, modalidade criada exclusivamente para pessoas com deficiência visual, em 30/08/2012 (Scott Heavey/Getty Images/VEJA)
35/50 Príncipe William e Kate Middleton na Paralimpíada de Londres, em 30/08/2012 (Glyn Kirk/AFP/VEJA)
36/50 A polonesa Natalia Partyka durante partida de tênis de mesa, em 30/08/2012 (Toby Melville/Reuters/VEJA)
37/50 A chinesa Zhang Cuiping, medalha de ouro no tiro esportivo da Paralímpiada, em 30/08/2012 (AFP/VEJA)
38/50 A alemã Manuela Schmermund, a chinesa Zhang Cuiping e a australiana Natalie Smith, na premiação do tiro esportivo na Paralímpiada, em 30/08/2012 (AFP/VEJA)
39/50 A britânica Stephanie Millward nos 100m borboleta, em 30/08/2012 (Clive Rose/Getty Images/VEJA)
40/50 A polonesa Natalia Partyka durante partida de tênis de mesa, em 30/08/2012 (Justin Setterfield/Getty Images/VEJA)
41/50 A britânica Clare Strange, e a holandesa Mariska Beijer durante partida de basquete nos Jogos Paralímpicos de Londres (Leon Neal/AFP/VEJA)
42/50 Dupla americana durante prova de classificação do ciclismo na Paralímpiada de Londres, em 30/08/2012 (Andrew Winning/Reuters/VEJA)
43/50 A nadadora chinesa Lu Dong morde uma toalha e se prepara para o início da prova de 100 m costas, na categoria S6 (Ben Stansall/AFP/VEJA)
44/50 Detalhe das unhas da britânica Danielle Brown durante os Jogos Paraolímpicos de Londres, em 30/08/2012 (Harry Engels/Getty Images/VEJA)
45/50 Partida entre Irã e China no goalball, modalidade criada exclusivamente para pessoas com deficiência visual, em 30/08/2012 (Scott Heavey/Getty Images/VEJA)
46/50 Nadadores durante treino nas Paralímpiadas, em 30/08/2012 (Suzanne Plunkett/Reuters/VEJA)
47/50 O britânico Ben Quilter e Mouloud Noura, da Argélia, durante competição de judô, em 30/08/2012 (Gareth Copley/Getty Images/VEJA)
48/50 Voluntário retira prótese do nadador Sven Decaesstecker, da Bélgica, durante os 200m medley (Ben Stall/AFP/VEJA)
49/50 As judocas Laura Garcia, da Espanha, e Yuliya Halinska, da Ucrânia, na categoria 48kg nos Jogos Paralímpicos, em 30/08/2012 (Gareth Copley/Getty Images/VEJA)
50/50 A espanhola Sarai Gascon durante os 100m borboleta, em 30/08/2012 (Ben Stall/AFP/VEJA)
Nos Jogos Paralímpicos de Londres, os 182 atletas brasileiros levaram o país à sétima colocação no quadro final da competição. O feito é memorável, principalmente se considerada a estrutura de treinamento para esse grupo de esportistas. Não existe ainda, no país, um centro de treinamento totalmente acessível para os atletas paraolímpicos, o que faz os brasileiros, anfitriões da próxima Olimpíada, sonharem com os pódios a partir da criação de um centro de treinamento adequado a essas categorias. Pois para os Jogos de 2016, atletas paralímpicos de 13 modalidades poderão treinar no CT que o Instituto Superar – entidade sem fins lucrativos dedicada ao paradesporto desde 2008 – está construindo em Pedra de Guaratiba, Zona Oeste do Rio. Parte dele estará em funcionamento no segundo semestre do ano que vem. O complexo esportivo passa a operar a todo o vapor a partir de fevereiro de 2014, quando a piscina fica pronta.
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Será o primeiro CT da América Latina totalmente adaptado às necessidades de atletas portadores de deficiência. Numa área de 40 mil metros quadrados, 23 mil deles construídos, não faltarão corrimãos, pisos táteis, rampas e entradas largas. Piscina olímpica coberta, ginásios polidesportivos e de lutas abrigarão modalidades como natação, vôlei sentado, basquete, hóquei e handebol de cadeira de rodas, judô, futebol de 5, tênis de mesa, bocha, halterofilismo, goalball, tiro com arco e tiro esportivo. Atletas de outras modalidades poderão usar o espaço para o trabalho físico e para fisioterapia.
O custo do empreendimento será de 13 milhões de reais, a maior parte custada por um plano de saúde patrocina o Superar. O CT poderá ser usado ainda por atletas convencionais de 12 modalidades. Com isso, até comitês olímpicos estrangeiros passaram a ter interesse pelo espaço, que contará com um alojamento para 64 atletas.
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“Estamos negociando com Noruega e Suécia a possibilidade de delegações da Europa usarem o CT para a preparação de equipes para a Olimpíada e as Paralimpíada. Temos confederações brasileiras, duas olímpicas e três paralímpicas, já como potenciais parceiras. Nosso conceito é de que todos, convencionais ou não, são atletas. Não há sectarismo”, diz o jornalista Marcos Malafaia, que trocou a TV pelo trabalho à frente do instituto, na condição de presidente.
Maquete do CT do Instituto Superar VEJA
Malafaia lembra que, das 43 medalhas brasileiras conquistadas em Londres – 21 delas de ouro -, 33 foram ganhas por atletas que são ou foram do Superar na maior parte do ciclo entre 2008 e 2012. “Alguns nós perdemos há uns meses, como Daniel Dias (15 medalhas paralímpícas, 10 delas de ouro, na categoria S5 da natação), que foi para o Time São Paulo. Mas preparamos esses atletas durante o ciclo. Pode-se dizer que tivemos participação em 73% das medalhas brasileiras”, calcula.
O velocista Lucas Prado, ouro nos 100m, 200m e 400m tanto em Pequim (2008) quanto em Londres (2012) na categoria T11 (cegos totais), e o nadador Phelipe Rodrigues, prata nos 100m livre em Pequim e Londres e nos 50m livre em Pequim, na categoria S10 (grau mais leve de deficiência física), são atletas do instituto. “Para a natação esse CT vai fazer toda a diferença, porque vai ser a primeira piscina coberta do Rio de Janeiro com padrões olímpicos. Vou treinar em condições semelhantes às que vou competir em 2016. Hoje em dia, treino no Maria Lenk. É uma boa piscina, mas não é coberta”, avalia Phelipe, 22 anos.
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Para o chefe de missão da natação nos Jogos Paralímpicos de Londres, Murilo Barreto, o CT vai ajudar a diminuir a carência de infraestrutura esportiva no Rio. “Esse conforto e essa estrutura beneficiam, fazem diferença no resultado. Especialmente nos grandes centros, onde há poucos lugares preparados para o esporte de alto rendimento”, acredita Murilo.
Marcos Malafaia, do Instituto Superar VEJA
Com a construção do CT, o Superar pretende também criar condições para expandir sua base de atletas. O instituto conta, atualmente, com 320 atletas, 90 deles de alto rendimento, em oito modalidades. O objetivo é, em 2014, subir para 500 em 18 das 22 modalidades paralímpicas. Nem todas vão treinar no CT, como atletismo e futebol de sete, pois não há campo nem pista no projeto. “O nosso atletismo deverá treinar ou no Miécimo da Silva (centro esportivo do município), ou na pista do Exército. Teremos também atletas convencionais. Já assinamos com três jovens promissores: o Stephan Barcha, do hipismo, e com uma dupla de vôlei de praia, Vítor Felipe e Evandro”, conta Malafaia.
O foco, por enquanto, será o paradesporto. Mas Malafaia acredita que a tendência é caminhar também para o esporte convencional. “A coisa está se misturando, não tem jeito. Oscar Pistorius é um exemplo, Natalie Du Toit e Natalia Partyka são outros”, comenta, referindo-se respectivamente ao velocista sul-africano biamputado que disputou os Jogos Olímpicos de Londres, à nadadora sul-africana amputada que disputou a maratona aquática nas Olimpíadas de Pequim e à mesatenista polonesa que nasceu sem a mão e parte do braço direitos, mas esteve nos Jogos convencionais de Pequim e Londres.