Equipe reencontra San Jose após morte de Kevin; confira imagens exclusivas
Depois de conquistar seu primeiro título da Libertadores, no ano passado, a torcida do Corinthians achava que não voltaria a sofrer grandes traumas no torneio. As situações dramáticas, como as eliminações precoces e derrotas inesperadas, eram coisa do passado, pensavam os fanáticos corintianos. Mas logo no primeiro jogo da equipe como detentora do título, em fevereiro deste ano, o clube participou de outra tragédia – agora, fora de campo, com a morte do garoto Kevin Espada, atingido por um sinalizador disparado por um integrante de torcida organizada do Corinthians. Depois do choque da morte, vieram as graves consequências do crime: a punição que barrou os corintianos dos jogos no exterior e fez a equipe jogar com portões fechados no Pacaembu; a prisão dos doze suspeitos em Oruro; os desencontros em relação à ajuda financeira à família de Kevin. A campanha corintiana na competição acabou ficando em segundo plano. Na noite de quarta-feira, a equipe reencontrou o San Jose, desta vez jogando em casa, com a torcida liberada para entrar no Pacaembu. Como não poderia deixar de ser, a tragédia ocorrida pouco menos de dois meses atrás foi lembrada por quem esteve no Pacaembu. O time treinado por Tite, porém, cumpriu sua missão, vencendo por 3 a 0 e fechando essa turbulenta fase de grupos com a liderança de sua chave. No lado de fora do estádio, integrantes das organizadas realizaram um protesto pedindo a libertação dos doze detidos – manifestação que contou até mesmo com faixas na cor verde, presente nas bandeiras da Bolívia e do Brasil e que costuma ser proibida entre os corintianos por causa da rivalidade histórica contra o Palmeiras. As cores da noite, no entanto, foram mesmo o preto e branco vestido pelos corintianos, que vão deixando os fantasmas para trás e já retomam o sonho de uma nova conquista na Libertadores.
Leia também:
Corinthians faz 3 a 0 no San José e termina em 1º no grupo
Adiamento de reconstituição em Oruro revolta corintianos
Morte em Oruro pode ficar impune dentro e fora de campo
Tragédia em Oruro: só mudou quem sentiu a dor da morte
Jogos e preces: a vida dos corintianos presos na Bolívia
Na Bolívia, a confissão do menor corintiano não convence