Os craques da Azzurra deram conta do recado em uma bela apresentação da equipe: 2 a 1, no Maracanã. Agora, Brasil e Itália lideram grupo, com 3 pontos
O grande astro do jogo no Maracanã era Mario Balotelli, o atacante temperamental e talentoso que se transformou na principal aposta para o futuro do futebol italiano. E ele não decepcionou
A segunda seleção mais vitoriosa do futebol mundial presenteou o torcedor brasileiro com uma grande apresentação neste domingo, no Rio de Janeiro. Com gols e grandes atuações dos craques Pirlo e Balotelli, dois dos principais atletas da Copa das Confederações, a Itália estreou no torneio derrotando o México por 2 a 1, em partida válida pelo grupo A. Foi o primeiro jogo oficial do novo Maracanã – e uma partida que interessava diretamente à seleção brasileira, já que México e Itália são os próximos adversários da equipe. Agora, Brasil e Itália lideram o grupo, com 3 pontos cada, mas a seleção da casa tem melhor saldo de gols. Na próxima rodada, a seleção mexicana – apontada pelo técnico Luiz Felipe Scolari e pelo capitão Thiago Silva como uma “pedra no sapato” do Brasil – encara o time da casa, na quarta-feira, às 16 horas (de Brasília), em Fortaleza. No mesmo dia, mas às 19 horas, na Arena Pernambuco, os italianos enfrentam os japoneses, derrotados pela seleção brasileira por 3 a 0 na estreia. A rodada que decide o grupo acontece no fim de semana.
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O grande astro do jogo no Maracanã era Mario Balotelli, o atacante temperamental e talentoso que se transformou na principal aposta para o futuro do futebol italiano. E ele não decepcionou: em apenas seis minutos, teve duas chances reais de gol. A primeira foi aos 4 minutos, quando roubou a bola na intermediária e tentou encobrir Corona; a segunda, aos 6, quando recebeu cruzamento de Giaccherini e bateu seco, exigindo boa defesa do goleiro mexicano. A Itália dominava o jogo e sufocava o oponente, principalmente em função do trabalho do excepcional meio-campo formado por Pirlo, De Rossi e Montolivo. O México não se encolheu: num chute cruzado, aos 10 minutos, Guardado acertou a trave de Buffon. A partida era bastante movimentada e aberta. Aos 16, depois de belo contra-ataque puxado por Balotelli, Pirlo foi travado na hora do chute, já na grande área, e reclamou de pênalti. O juiz mandou seguir o jogo.
Bom futebol – Balotelli continuou atazanando a defesa mexicana e, numa de suas investidas, sofreu falta na entrada da área. O maestro do time, o craque Andrea Pirlo, campeão mundial com a Azzurra na Copa de 2006, cobrou com calma, precisão e incrível categoria, no ângulo esquerdo, para abrir o placar, aos 27 minutos. Seis minutos depois, contudo, o México empatou. O zagueiro Barzagli fez uma grande besteira na entrada da área e perdeu a bola para Giovani dos Santos. O defensor italiano acabou cometendo pênalti, convertido pelo jovem ídolo do time mexicano, Chicharito Hernández, do Manchester United. Mesmo tendo sofrido o gol de empate, a Itália continou melhor, com mais iniciativa e lances de muita técnica – como um lançamento perfeito de Pirlo para Marchisio, seguido de um cruzamento para Balotelli, que não conseguiu finalizar. O primeiro tempo acabou com oito chutes dos italianos e seis dos mexicanos e um público satisfeito com o bom futebol mostrado no novo Maracanã.
Os personagens
O meia à moda antiga desfilou mais uma vez sua enorme categoria. Passes perfeitos, lançamentos precisos e ainda um golaço em cobrança de falta
Com muita potência muscular e muita vontade de vencer, o camisa 9 da Itália foi um pesadelo para a zaga mexicana. Acabou sendo premiado com o gol
Enquanto Pirlo criava, o volante da Roma destruía. Sem sua marcação implacável, o setor ofensivo da Azzurra teria muito menos chances de aparecer
» Confira os números de todos os jogadores
A tetracampeã mundial e atual vice-campeã da Europa voltou para a segunda etapa mantendo a mesma postura, encurralando o México e buscando constantemente o gol. Aos 13 minutos, Pirlo quase marca mais um de falta. Num intervalo de um minuto, as duas seleções reclamaram de pênaltis não marcados, primeiro em Chicharito e depois em Balotelli, que reclamou muito e acabou sendo alvo de provocações da torcida brasileira. Além dos meias, agora também os laterais italianos avançavam bastante, arriscando cruzamentos perigosos sobre a área. Mas o gol da vitória italiana foi mesmo obra da explosão de Balotelli. Com muita força física, ele superou a defesa mexicana depois de um toque pelo alto de Giaccherini e esticou a perna para empurrar para as redes, aos 33 minutos. Os torcedores se renderam ao craque e cantaram em coro o nome do jogador. Faltando cinco minutos para o fim, Balotelli deu lugar a Gilardino e saiu aclamado pelo público.
Protesto – Em sua reestreia em partidas oficiais, o Maracanã foi aprovado: tanto no entorno do estádio como na parte interna, a nova versão do gigante carioca estava melhor do que no amistoso entre Brasil e Inglaterra, há duas semanas. Com ótima presença de público, o palco da final da Copa das Confederações, no próximo dia 30, passou no primeiro grande teste. O único momento de apreensão aconteceu a cerca de meia hora da partida, quando um grupo de manifestantes (de acordo com a polícia, cerca de 300 pessoas) se aproximou do Maracanã protestando contra os aumentos nas tarifas de ônibus e contra os gastos excessivos com a realização da Copa no Brasil. Os agentes de segurança usaram balas de borracha e gás lacrimogêneo para afastar os manifestantes das áreas de acesso às cadeiras do Maracanã. Houve novo confronto entre a polícia e o grupo na Quinta da Boa Vista, para onde muitos dos manifestantes caminharam depois da dispersão do protesto no Maracanã.
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