Choque entre helicópteros na Argentina matou três atletas franceses de elite
Peritos argentinos da Aeronáutica enviados desde Buenos Aires na manhã desta terça-feira começaram a investigar a causa do choque de dois helicópteros que matou oito franceses, incluindo a campeã olímpica de natação Camille Muffat, e dois argentinos em Villa Castelli, na Província de La Rioja. Com base na condição dos destroços e em um vídeo que registrou o acidente nesta segunda-feira, os investigadores trabalham com as hipóteses de falha humana ou de que um redemoinho possa ter alterado a trajetória de algum dos modelos Eucopter AS350, com capacidade para cinco pessoas.
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No vídeo, atribuído a um morador que acompanhava a decolagem das aeronaves, o helicóptero que está à esquerda se aproxima rapidamente do outro e há um choque lateral, que leva à queda de ambos. Na base das imagens, há árvores que balançam com o vento. Segundo afirmou o secretário de Segurança de La Rioja, Luis Angulo, à Rádio America “havia vento porque é uma zona de pré-cordilheira, mas as condições climáticas para o voo eram ótimas”. Ambos decolaram de um clube, acompanhados por dezenas de moradores da região.
Entre os mortos estão a nadadora Camille Muffat (ouro na Olimpíada de Londres em 2012), o boxeador Alexis Vastine (bronze em Pequim/2008) e a velejadora Florence Arthaud. – eles participavam das gravações de um reality show francês. Os dois pilotos, Roberto Abate y Juan Carlos Castillo, eram argentinos, e conduziam os aparelhos pertencentes às províncias de La Rioja e Santiago del Estero, a 1170 quilômetros de Buenos Aires.
Segundo as autoridades locais, os helicópteros eram cedidos para que as imagens reproduzidas na Europa estimulassem o turismo na região, conhecida como Quebrada del Yeso, onde os participantes do programa seriam deixados com poucos recursos para sobrevivência. O local ganhou potencial turístico depois da edição de 2012 do Rally Dakar.
A investigação em curso impedia a retirada de todos os corpos – cinco que estavam em uma das aeronaves foram levados para o necrotério da capital, La Rioja, a 280 quilômetros, segundo informou a juíza Virginia Illanes, encarregada do caso, ao canal TN.
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(Com Estadão Conteúdo)