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Destaque 5

Bia Menezes superou drama pessoal para brilhar com a camisa do São Paulo

Lateral-esquerda transformou dor da perda da mãe em motivação para seguir em busca do sonho de jogar futebol

Publicado por: Heloísa Vasilian em 20/09/2025 às 07:00 - Atualizado em 19/09/2025 às 16:32
Bia Menezes superou drama pessoal para brilhar com a camisa do São Paulo
Bia Menezes, lateral-esquerda de 28 anos. Divulgação/São Paulo Fc

Bia Menezes, de 28 anos, é um dos principais nomes do São Paulo no futebol feminino. O sucesso com a camisa tricolor carrega a marca de quem superou desafios e um drama pessoal para seguir em frente. Do futebol na rua com os meninos à perda da mãe, Dona Bernardina, a sua maior incentivadora, Bia relembra à PLACAR os passos até se tornar profissional.

Desde cedo, Bia demonstrava sua imensa ligação com a bola. Ganhava bonecas da sua mãe e dava um jeito de transformar o brinquedo em algo relacionado a futebol. Com a camisa do São Paulo, a atleta já conquistou a Supercopa do Brasil 2025, em cima do Corinthians. Lateral veloz e de muita força no ataque, ela cumpre um papel importante na equipe.

“A minha vontade era arrancar a cabeça das bonecas e chutar todas elas. Pulava o portão de casa para jogar bola, as meninas brincavam de boneca na rua e eu sempre estava no meio dos meninos, arrancando o tampão do meu dedão, como sempre fazia, então desde pequenininha eu sempre quis muito jogar futebol”, contou a jogadora.

Aos 8 anos, Bia começou a treinar em uma escolinha de futebol em São Bernardo do Campo. Como não havia categoria feminina, participava dos treinos com os meninos. Nesse período, a mãe foi essencial: comprou chuteira, meião, calção e camisas, além de estar sempre ao lado da filha.

“Independentemente das minhas escolhas, se eram fáceis, se eram difíceis, ela sempre estava do meu lado, me incentivando, me dando força, me dando coragem, foi a mulher que mais acreditou no meu sonho, que sempre lutou ali por tudo que eu sempre quis, como mulher, como atleta”, contou Bia.

Foi Dona Bernardnia quem comprou a primeira chuteira, o primeiro meião, o primeiro calção, a primeira camiseta pra fazer um teste…

“Ela sempre foi muito corajosa em acreditar num sonho de uma menina de 8 anos de idade, que tinha um sonho ali, não sabia se ia dar certo, muitas das vezes não via nenhuma luz no fim do túnel”, disse.

A lateral-esquerda construiu sua base no São Bernardo e no Centro Olímpico. Defendeu ainda Audax, Rio Preto, Flamengo e Santos, até chegar ao São Paulo, onde vive seu melhor momento.

Perda e superação

Em 2021, Dona Bernardina foi diagnosticada com um tumor cerebral. A morte da maior fã representou o mais duro desafio da carreira e da vida de Bia.

“Eu já sabia que minha mãe, infelizmente, iria morrer. Hoje eu falo disso com muita tranquilidade, porque eu já aceitei a partida dela, por mais que eu ainda sinta muita saudade do cheiro, do olhar dela, do sorriso, do brilho naqueles olhos verdes que ela tinha, é o que me traz em uma certa tranquilidade, obviamente, mas foi um momento muito difícil, porque a gente nunca tá pronto pra perder o grande amor da nossa vida, e minha mãe, ela sempre foi essa pessoa pra mim. Eu por ser filha única, tive que lidar com muitas emoções, com muitas situações”, disse.

A atleta chegou a pensar em abandonar o futebol após a perda, mas o sonho de jogar futebol profissionalmente falou mais alto.

Virada de chave e motivação

Apesar da dor, Bia encontrou forças para seguir e transformar a perda em motivação. Hoje, é referência no São Paulo, carregando dentro de campo não apenas seu talento, mas também o legado da mãe.

“Não podia desistir na minha primeira dificuldade, porque a minha mãe não faria isso. Então, busquei ajuda, óbvio, psicológica, principalmente pra eu poder entender esse processo, que ele é muito difícil, até porque sou filha única. Não tinha um irmão ou meu pai próximo pra dividir essa dor”, completou.

Bia Menezes, jogadora do São Paulo. Foto: Divulgação/São Paulo FC

A jogadora também faz questão de incentivar outras pessoas a buscar apoio psicológico apesar dos preconceitos que muitos ainda possam ter. Inicialmente, contou a atleta, ela mesmo foi contra a terapia até perceber que ali estaria uma ajuda para ajudar em seus problemas pessoais.

“Todo sonho, ele é possível a partir do momento que você acredita que ele é possível. Então, que as meninas possam acreditar nos sonhos delas, que as mães, que os pais apoiem, porque muitas das vezes o pai e a mãe não vai ter o dom, né, mas vai vir uma sementinha abençoada e eu tenho certeza que os sonhos são gerados para serem realizados”, disse Bia Menezes.

Bia incentiva novas meninas a jogar futebol. Divulgação/São Paulo FC

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