Cléber Xavier, Caixinha… as multas do Santos a ex-treinadores nesta década

O Santos precisará desembolsar pouco mais de R$ 1 milhão para o seu ex-treinador Cléber Xavier, demitido no último domingo, 17, após a goleada por 6 a 0 sofrida para o Vasco.

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O valor corresponde rescisão contratual, calculada sobre três salários – ele recebia cerca de R$ 350 mil mensais. A conta ainda pode aumentar caso nomes como Matheus Bacchi e Fábio Mahseredjian também sejam desligados. A intenção inicial da diretoria é mantê-los – Bacchi, inclusive, deve dirigir a equipe diante do Bahia no próximo domingo, 24. O número, contudo, aumenta ainda mais o valor desembolsado em multas contratais só nesta década.

Antes de Xavier, o Peixe já havia demitido neste ano o técnico português Pedro Caixinha, que tinha contrato válido até dezembro de 2026, com multa calculada em 2 milhões de euros (R$ 12,7 milhões pela cotação atual).

Caixinha comandou o Santos em apenas 16 jogos, com 100 dias de trabalho – Raul Baretta/Santos FC

O caso foi parar na Fifa, com o estafe do treinador cobrando o pagamento à vista do montante, enquanto o clube sugeria um parcelamento até o fim da gestão do presidente Marcelo Teixeira, também em dezembro de 2026.

Antes disso, o clube já havia feito uma dívida de R$ 4,1 milhões com Fábio Carille, seu antecessor e que dirigiu a equipe durante todo o ano de 2024. O valor é composto por R$ 2,6 milhões da multa rescisória e mais R$ 1,5 milhão pelo título da Série B do Brasileirão.

Carille comandou o Santos no acesso de volta à Série A – Raul Baretta/ Santos

Em 2023, ano do rebaixamento à Série B, a conta ficou ainda maior com as demissões de Odair Hellmann, Paulo Turra e Diego Aguirre. O primeiro com multa de aproximadamente R$ 3 milhões, enquanto Turra cobrou quase R$ 1 milhão na Justiça alegando diversos valores não pagos pendentes, entre eles a indenização pela rescisão do contrato. Já com Aguirre a dívida é de cerca de R$ 1,5 milhão, também correspondente a três salários.

No ano anterior, o clube ainda demitiu Lisca, Fabián Bustos e Fábio Carille. Com Bustos, a Fifa condenou o Peixe ao pagamento de 1,2 milhão de dólares (cerca de R$ 6,7 milhões pela cotação da época). Em 2021, fez o mesmo com Fernando Diniz e o argentino Ariel Holan.

As multas pagas pelos Santos a ex-treinadores

Cléber Xavier (2025)
15 jogos, 5 vitórias, 4 empates e 6 derrotas. Aproveitamento: 42,2%

Multa: R$ 1,05 milhão

Pedro Caixinha (2025)
16 jogos, 6 vitórias, 3 empates, 7 derrotas. Aproveitamento: 43,7%

Multa: R$ 12,7 milhões

Fabio Carille (2024)
53 jogos, 30 vitórias, 10 empates, 13 derrotas. Aproveitamento: 62,9%

Multa: R$ 2,6 milhões

Diego Aguirre (2023)
5 jogos, 1 vitórias, 4 derrotas. Aproveitamento: 20%

Multa: R$ 1,5 milhão

Paulo Turra (2023)
7 jogos, 1 vitórias, 3 empates e 3 derrotas. Aproveitamento: 28%

Multa: R$ 1 milhão

Odair Hellmann (2023)
34 jogos, 11 vitórias, 12 empates e 11 derrotas. Aproveitamento: 44%

Multa: R$ 3 milhões

Lisca (2022)
8 jogos, 2 vitórias, 3 empates e 3 derrotas. Aproveitamento: 38%

Valor da multa desconhecido

Fabián Bustos (2022)
30 jogos, 9 vitórias, 13 empates e 8 derrotas. Aproveitamento: 44%

Multa: R$ 6,7 milhões

Fábio Carille (2021/2022)
27 jogos, 9 vitórias, 10 empates e 8 derrotas. Aproveitamento: 46%

Valor da multa desconhecido

Fernando Diniz (2021)
31 jogos, 11 vitórias, 8 empates e 12 derrotas. Aproveitamento: 44%

Contrato não previa multa

Ariel Holan (2021)
12 jogos, 4 vitórias, 3 empates e 5 derrotas. Aproveitamento: 42%.

Acordo sem multa