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‘Bosteros’ x ‘Gallinas’: a origem dos apelidos de Boca e River

Também conhecidos como ‘xeneizes’ e ‘milionários’, eternos rivais decidem a Copa Libertadores neste sábado, às 18h (de Brasília) na Bombonera

Publicado por: Da Redação em 09/11/2018 às 14:16 - Atualizado em 28/09/2021 às 16:22
‘Bosteros’ x ‘Gallinas’: a origem dos apelidos de Boca e River
Tevez imita galinha no Monumental e Gallardo tapa o nariz na Bombonera

É possível dizer que, na final da Copa Libertadores, cujo primeiro jogo acontecerá neste sábado, na Bombonera, a partir das 18h (de Brasilia) vão se enfrentar Xeneizes e Millonarios, ou ainda Bosteros e Gallinas, estes últimos os apelidos mais curiosos de Boca Juniors e River Plate, pois nasceram depreciativos e cresceram como selo de origem inconfundível.

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Os fãs do Boca foram batizados como ‘Bosteros’, termo que remete a fezes, como insulto, e a palavra é usada em diversas músicas de torcidas adversárias. No entanto, com o passar dos anos, os simpatizantes do clube do bairro de La Boca, em Buenos Aires, se apropriaram da alcunha pejorativa com orgulho.

Há contradições sobre a origem do apelido. Alguns dizem que é porque no lugar onde hoje fica o estádio La Bombonera antes havia uma fábrica de tijolos que utilizava esterco de cavalos como matéria-prima. Outros afirmam que, após algumas inundações, o sistema de esgoto do bairro de La Boca entrou em colapso, daí o nome. Algumas músicas da torcida do River fazem referência a isso.

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No entanto, a origem parece ser outra. Na realidade, os habitantes da região eram chamados de ‘Boteros’ porque precisavam usar botes para atravessar o rio Riachuelo, mas os rivais distorceram a denominação. Ídolos do River, como Ángel Labruna, Fernando Cavenaghi e até Marcelo Gallardo, atual técnico do River, já foram flagrados tapando o nariz na Bombonera, uma provocação em referência ao suposto mau cheiro.

Quanto ao River, o apelido ‘Gallinas’ surgiu em 1966. O time vencia a partida final da Taça Libertadores sobre o Peñarol por 2 a 0 e estava garantindo o título, mas levou a virada por 4 a 2 e ficou com o vice. No jogo seguinte, contra o Banfield, integrantes da torcida adversária jogaram uma galinha no gramado do estádio Monumental de Nuñez, em uma provocação que no Brasil nos dias de hoje seria equivalente a jogar pipoca nos jogadores.

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Apesar da origem ofensiva, hoje os torcedores do River dizem de peito estufado que são ‘Gallinas’, sem considerarem como algo negativo. Inclusive há várias músicas em que se referem ao Monumental de Nuñez como ‘Galinheiro’.

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Já os apelidos ‘Xeneize’ e ‘Millonario’ não tiveram uma origem jocosa. O do Boca remete à sua fundação, em 3 de abril de 1905, por Esteban Baglietto, Alfredo Scarpatti, Santiago Sana e os irmãos Teodoro e Juan Antonio Farenga, filhos de italianos.

À época, a maioria dos habitantes de La Boca era de origem italiana, muitos deles de Gênova. O dialeto local era chamado pelos genoveses de zeneize (ou zeneise) e derivou para xeneize em Buenos Aires.

Por sua vez, os torcedores do River são os ‘millonarios’ porque em 1931, no começo do profissionalismo no futebol argentino, o clube comprou o atacante Carlos Peucelle do Sportivo Buenos Aires por 10.000 pesos e pagou 35.000 pesos pelo goleador Bernabé Ferreyra, conhecido como ‘El Mortero de Rufino’ pelo forte chute a gol. Os valores eram astronômicos para a época, o que levou o clube de Nuñez a ficar conhecido como “milionário”.

(com agência EFE)

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