Antes do jogador do São Paulo, Jack Goldberger defendeu os milionários Jeffrey Epstein e Robert Kraft, ambos acusados de crime sexual
“Todas as famílias têm discussões. Acreditamos que foi o que aconteceu aqui. Nós esperamos que os fatos vão provar que o ocorrido foi um assunto privado de família e nenhum crime foi cometido“, afirmou a VEJA Jack Goldberger, advogado americano que defendeu o goleiro Jean, do São Paulo. O jogador foi liberado nesta quinta-feira, 19, sem pagamento de fiança, um dia depois de ter sido preso sob a acusação de ter agredido com socos a esposa Milena Bemfica.
Segundo a assessoria de Jean, “todos os argumentos da defesa foram aceitos pelo juiz, por isso não houve fiança”. Jean teve apenas de assinar um compromisso com a Justiça americana de não ter contato, direto ou indireto, com Milena. A comunicação com as duas filhas, de 5 e 3 anos e que testemunharam os fatos, terá de ser feita por meio de uma terceira pessoa, de acordo com a sentença da juíza Amy J. Carter.
Jack Goldberger tem experiência em casos midiáticos. Foi ele quem defendeu o bilionário Jeffrey Epstein, que se suicidou na prisão em agosto, e Robert Kraft, dono do New England Patriots, da NFL, ambos acusados de crime sexual. No site de sua empresa, o advogado é tratado como “especialista em litígios de defesa criminal no Estado da Flórida e em todo o país há mais de 30 anos”.
Goldberger não conseguiu evitar a prisão de Epstein, que foi acusado de tráfico sexual de menores e de conspiração criminosa para traficar menores para explorá-los sexualmente. Se fosse condenado pelos crimes, o bilionário de 66 anos poderia ter sido sentenciado a até 45 anos de prisão, o que, com sua idade, configuraria uma pena de prisão perpétua. Ele foi levado em 6 de julho para a prisão de segurança máxima Manhattan MCC, onde cometeu suicídio menos de um mês depois.
Já o cartola da NFL Robert Kraft foi acusado em fevereiro deste ano de solicitar serviços de prostituição. Na ocasião, o chefe da polícia da cidade de Jupiter, 140 quilômetros ao norte de Miami, na Flórida, disse em que os investigadores tinham um vídeo que prova que Kraft manteve relação sexual com uma prostituta. Kraft, de 77 anos, se declarou inocente e ainda responde ao caso, em liberdade.