Português terminou sem títulos, mas marcou mais gols e em contexto menos favorável; argentino, por sua vez, tem a certeza de estar na próxima Champions
Lionel Messi e Cristiano Ronaldo, indiscutivelmente os melhores jogadores da última década, já não vivem seus momentos mais gloriosos. De casa nova e em reta final da carreira, a dupla fez uma temporada 2021/2022 atípica. Contratados por Paris Saint-Germain e Manchester United, respectivamente, o argentino de 34 anos e o português de 37 caíram precocemente na Liga dos Campeões e alcançaram marcas individuais e coletivas abaixo de suas médias. CR7 marcou mais gols, enquanto Messi ao menos ergueu um troféu.
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A mudança de ares dos gênios dominou o noticiário no último verão europeu. Ídolo máximo do Barcelona, Messi se viu na constrangedora situação de ter que deixar o Camp Nou em razão dos problemas financeiros do clube catalão. Optou por Paris, para formar o trio de ataque mais badalado do futebol, o MNM, ao lado do amigo Neymar e do francês Mbappé.
Simultaneamente, Cristiano Ronaldo estava decidido a deixar a Juventus e chegou a balançar com uma proposta do Manchester City, mas acabou mesmo retornando ao lado vermelho da cidade, pelo qual fez história entre 2003 e 2009. A esperança do United era que Cristiano fosse a peça que faltava no elenco recheado de estrelas como o também português Bruno Fernandes, o francês Paul Pogba e o jovem inglês Jadon Sancho. O time, porém, não deu liga.
Neymar, Messi e Mbappé – Ligue 1 foi pouco para o trio de craques
Messi, que até então havia atuado apenas pelo Barcelona e pela seleção argentina, demorou a se adaptar ao PSG. Faltando poucos jogos para o fim da temporada, anotou apenas nove gols, o menor número desde suas primeiras temporadas como profissional, em 2005/06. Com 13 assistências, o argentino somou 22 participações diretas, seu pior número em 14 anos.
O sonho pelo título da Champions League parou nas oitavas de final, após dura queda frente o Real Madrid. Na ocasião, o argentino desperdiçou um pênalti no jogo de ida. O título francês com quatro rodadas de antecedência amenizou um ano claramente frustrante.
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Coletivamente falando, Cristiano Ronaldo sai da temporada abaixo do argentino. Eliminado precocemente das copas nacionais, o United tampouco passou das oitavas de final da Liga dos Campeões, da qual caiu para o Atlético de Madri. O pior, porém, pode acontecer no Campeonato Inglês, competição em que o time de Manchester ocupa a 6ª posição e precisa de uma reta final praticamente perfeita para conquistar o acesso à Champions.
Caso a vaga não venha e o português continue em Old Trafford, será a primeira ausência da carreira do maior artilheiro da história da Liga dos Campeões na competição – em 2002/03, seu ano de estreia, jogou a fase qualificatória pelo Sporting de Lisboa.
Cristiano Ronaldo comemora um de seus três gols em vitória sobre o Tottenham –
Mesmo com tantos problemas no clube e resultados ruins coletivamente, o português ainda conseguiu marcar 22 gols em 35 partidas até o momento. Artilheiro do United na temporada, Ronaldo é responsável por 32,8% dos gols do time na temporada. Messi, por outro lado, não chegou nem perto de ser o maior goleador do PSG e foi ofuscado pelas outras estrelas do grupo.
Em novembro, os craques que fizeram história, sobretudo nos clássicos entre Barcelona e Real Madrid, podem se encontrar pela primeira vez em Copas do Mundo, naquela que tende a ser a despedida de ambos do Mundial, caso Argentina e Portugal avancem às fases finais. Cristiano e Messi já disputaram cinco Copas do Mundo e jamais foram campeões.