Treinador espanhol descartou a possibilidade de assumir a seleção após a Copa do Catar e não concordou com elogios de 'melhor do mundo' feitos por Klopp
O técnico espanhol Pep Guardiola pôs fim aos rumores que o ligavam como principal nome para substituir Tite na seleção brasileira após a Copa do Mundo do Catar. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 8, o comandante do Manchester City negou qualquer possibilidade de aceitar uma proposta e ainda explicou que cogita estender o atual vínculo com o clube, atualmente até 30 de junho de 2023. O treinador está desde 2016 na Inglaterra.
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“Hoje não… Estou sob contrato aqui, estou muito feliz. Estou disposto a ficar para sempre aqui. Eu renovaria o contrato por dez anos, mas agora não é o momento. Não sei onde veio”, declarou Guardiola.
A possibilidade entorno de um acordo com Guardiola ganhou repercussão a partir de uma informação divulgada pelo jornal espanhol Marca que dizia que a CBF cogita pagar um salário milionário para contar com o treinador.
Segundo informações do jornal, a diretoria da CBF entendeu que é necessário um treinador estrangeiro para o ciclo pós-Catar. O nome de Guardiola foi cotado como ideal, e a entidade deve se esforçar para concretizar o acerto. Pere Guardiola, irmão e representante do técnico, já foi abordado e está ciente do interesse.
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Admirador das seleções brasileiras dos anos 1970 e 1980, especialmente a de 1982, Guardiola convive há tempos com boatos sobre uma possível mudança para a Granja Comary. O que faltou, em todas as situações, foi algo concreto, ainda mais em contextos em que a presença de estrangeiros no futebol nacional era tratada com maior resistência.
Os primeiros rumores entre Brasil e Guardiola surgiram em 2015, quando Daniel Alves falou que o treinador havia se oferecido para assumir a seleção antes da Copa de 2014, mas a CBF não aceitou. Alguns anos depois, em entrevista à ESPN, o espanhol desmentiu o jogador e expôs sua opinião sobre o assunto: “eu nunca disse que gostaria de treinar a seleção brasileira. A seleção tem de ser comandada por um brasileiro, assim como a seleção argentina tem de ser comandada por um argentino”.
Guardiola também foi questionado sobre as declarações do técnico alemão Jürgen Klopp, do Liverpool, adversário direto na disputa pelo título inglês e a quem enfrentará no próximo domingo, 10, no Etihad Stadium, a partir das 12h30 (de Brasília), Klopp elegeu o colega como “o melhor técnico do mundo”, declaração da qual Guardiola discordou.
Klopp e Guardiola travarão duelo decisivo no domingo –
“Eu não me tornei treinador para ser melhor. Não sou. Muito obrigado, mas não sou. Eu gostaria de dizer que sou o melhor, mas não sou”, concluiu.
O City lidera o Campeonato Inglês com 73 pontos, apenas um a mais do que o Liverpool. Após a rodada deste fim de semana, restarão somente sete partidas para o fim da liga. Desde que chegaram à Inglaterra, Guardiola levou a melhor no número de títulos da Premier League (3 a 1), mas Klopp conseguiu erguer a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes, algo que o catalão ainda persegue pelo City.