Foi um encontro de duas gerações brilhantes de Portugal. Uma, campeão do Mundial sub-20 no início da década de 1990, estava chegando ao fim, sua última Copa. Outra, que traria muita alegria aos portugueses, sob comando de Cristiano Ronaldo estava surgindo.
Figo, já eleito melhor do mundo, era o nome da geração que estava chegando ao fim. Rui Costa já não fazia mais parte desta seleção, que tinha outros nomes, um pouco mais recentes, mas também em sua última Copa. Petit, Costinha, Pauleta, Nuno Valente, o goleiro Ricardo e Maniche não haviam jogado os Mundiais sub-20 conquistados por Portugal, mas estava em seu fim de carreira na seleção. Além de Nuno Gomes, experiente, mas que ainda disputaria uma Copa.
Em contrapartida, uma nova seleção, muitos dos quis já haviam jogado a Eurocopa de 2004, quando o time foi vice-campeão, comandadas pelo craque Cristiano Ronaldo, e com nomes como Deco, Hugo Viana, Simão Sabrosa, Paulo Ferreira, Tiago, Ricardo Costa e Hélder Postiga.
Comandados por Luis Felipe Scolari, atual campeão do mundo com a seleção brasileira e vice da Eurocopa com Portugal, o time luso se classificou em primeiro de sua chave nas Eliminatórias, que tinha Eslováquia, Rússia, Estônia, Letônia, Liechtenstein e Luxemburgo. A campanha de Portugal foi maravilhosa, com 12 jogos, com nove vitórias e três empates, marcando 35 gols e sofrendo apenas cinco. Um dos jogos marcantes foi o 7 x 1 diante da Rússia, em Lisboa.
E o começo de Portugal, em 2006, foi maravilhoso. Em amistosos e Copa do Mundo, o time luso chegou a sete vitórias seguidas no ano. No começo do ano, contra Arábia Saudita, Cabo Verde e Luxemburgo perderam por 3 x 0, 4 x 1 e 3 x 0 para a forte seleção portuguesa, que estreou na Copa contra Angola.
E Portugal venceu na estreia por apenas 1 x 0, com gol de Pauleta logo aos quatro do primeiro tempo. O segundo jogo era contra Irã. Após um primeiro tempo sem gols, Deco e Cristiano Ronaldo, cobrando pênalti, deram a vitória e vaga para Portugal, que disputaria o primeiro lugar contra o cabeça-de-chave México.
E Portugal precisa apenas de um empate, mas venceu. Maniche, aos cinco da primeira etapa e Simão Sabrosa, aos 24 da primeira etapa, cobrando pênalti, fizeram 2 x 0 para os lusos. Fonseca, aos 28, também do primeiro tempo, descontou.
Nas oitavas, o adversário foi a Holanda. O jogo foi bom, mas foi o mais violento da história das Copas. Foram 12 amarelos e quatro expulsões, duas de cada lado. Apesar disso, saiu um gol. E foi de Maniche, aos 23 do primeiro tempo.
O adversário das quartas foi o mesmo da Eurocopa, de dois anos antes. E novamente passou nos pênaltis. Após 0 x 0 nos 120 minutos, Portugal passou com vitória de 3 x 1 sobre a Inglaterra, com Ricardo defendendo três pênaltis contra os ingleses.
Na semifinal, contra a França, que passara pelo Brasil nas quartas, Portugal até fez um bom jogo, mas perdeu de 1 x 0, com gol de Zidane, cobrando pênalti, na primeira etapa.
Na disputa do terceiro lugar, contra os donos da casa, a Alemanha, Portugal por por 3 x 1, com todos os gols na segunda etapa. Schweinsteiger, duas vezes, e Petit (contra) fizeram para os germanos. Nuno Gomes descontou aos 43 da segunda etapa.
Depois da Copa, Portugal, em transição, ainda perdeu da Dinamarca por 4 x 2 em jogo amistoso e iniciou as Eliminatórias da Euro com empate contra a Finlândia (1 x 1), vitória contra o Azerbaijão (3 x 0), derrota para a Polônia (1 x 2) e vitória contra o Cazaquistão (3 x 0).