Seleção peruana não deu estimulante a Paolo Guerrero, diz médico

O médico da seleção peruana afirmou neste sábado que, devido ao controle rigoroso adotado com os jogadores, não seria possível a administração do estimulante que levou a Fifa a proibir o atacante Paolo Guerrero, capitão do time, a participar de dois jogos das eliminatórias da Copa do Mundo 2018 contra a Nova Zelândia.

O exame de Guerrero deu positivo para um estimulante após a partida contra a Argentina em 15 de outubro. O atacante, que joga pelo Flamengo, recebeu uma suspensão preliminar de 30 dias.

Com a proibição, é quase certo que ele não participará da primeira partida da repescagem contra a Nova Zelândia, em Wellington, em 11 de novembro – a partida de volta será em Lima, quatro dias depois. O vencedor da série garantirá um lugar na Copa do Mundo do próximo ano na Rússia.

“Na seleção, estamos cientes do controle antidoping”, disse o médico Julio Segura à Rádio Nacional do Peru. “Não usamos substâncias que produzam doping. É uma pena o que aconteceu com Paolo, mas estou certo de que não houve nenhum problema do nosso lado.”

A proibição é um enorme golpe para o Peru, que espera ir à Copa do Mundo pela primeira vez desde 1982. Guerrero, 33 anos, além de ser capitão e referência do time, tem 32 gols anotados pela seleção em 83 jogos.

Sua suspensão provocou consternação no Peru, e até mesmo para o presidente do país. “Todo mundo em Lima toma algum tipo de anti-histamínico por causa do clima aqui no inverno”, disse Pedro Pablo Kuczynski a uma rádio local. “Talvez ele tenha tomado um anti-histamínico e seria injusto se fosse punido por isso”, disse o presidente.

Substituto

O técnico argentino Ricardo Gareca, que comanda a seleção peruana, convocou neste sábado o atacante Yordy Reyna, do Vancouver Whitecaps, que disputa a liga profissional dos Estados Unidos (MLS), para o lugar de Guerrero. O jogador, de 24 anos, revelado pelo Alianza Lima, tem passagens por Red Bull Salzburg e RB Leipzig.

(Com Reuters e EFE)