Ninguém tem mais autoridade para analisar um Japão x Brasil do que Zico. O maior ídolo de Flamengo e Kashima Antlers, e um dos principais responsáveis pela popularização do futebol na Ásia nos anos 1990, acompanhou a virada da seleção japonesa por 3 a 2, na manhã desta terça-feira, 14, e preferiu exaltar a evolução da equipe vencedora.

“O maior problema não é a derrota, mas a forma como o Brasil acabou sendo derrotado, de virada. Já era para ter acontecido essa primeira vitória japonesa antes, mas hoje há jogadores mais experientes atuando em grandes times de ligas europeias e isso faz diferença”, avaliou Zico, em entrevista concedida durante a exposição 75 Anos do Maracanã, no Palácio Tiradentes.

“Por outro lado, tivemos um Brasil sem entrosamento por serem jogadores ganhando oportunidade com Ancelotti”, complementou o ex-jogador de 72 anos. Zico disputou as Copas de 1978, 1982 e 1986 pelo Brasil, e foi treinador da seleção japonesa no Mundial de 2006.

75 anos do Maracanã

Zico aproveitou a presença na exposição que reúne quase 500 itens sobre a historia do Maracanã para cobrar um Museu do Futebol no Rio de Janeiro.

“O Maracanã é um cartão de visitas do Brasil e ponto turístico para o mundo. E sediou duas finais de Copa, tivemos olimpíadas no Rio e grandes jogadores do mundo passaram por aqui. Que essa exposição abra os olhos do estado para a importância de termos um Museu do Futebol do Rio de Janeiro. Precisamos resgatar e preservar a memória do futebol e esta é uma forma importante: através de objetos que contam a história”