Publicidade
Publicidade

Zico compara sua geração com a atual do Flamengo: ‘Tem que ser cobrada mesmo’

Em entrevista à PLACAR, lenda do futebol disse torcer para que Gabigol o supere como maior ídolo da história do clube rubro-negro

Arthur Antunes Coimbra, o inigualável Zico, está de volta à revista que foi sua casa nos últimos 52 anos. O maior ídolo do Flamengo estreou em nossas páginas meses depois estrear profissionalmente, em 1971, um ano após a criação de PLACAR. Desde então, foram mais de 100 capas e uma infinidade de textos e fotos, numa relação de admiração mútua – com alguns raros desencontros, críticas pontuais das quais ele garante não guardar mágoa.

Publicidade

Aos 70 anos, completados em 3 de março, o Galinho de Quintino recebeu a reportagem de PLACAR em sua casa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, e durante quase uma hora de papo, repassou sua história (ou melhor, a nossa!) ao rever e comentar imagens belíssimas de Flamengo, seleção brasileira e de amigos que deixaram saudades, como Diego Maradona, Sócrates e Roberto Dinamite. O Rei da Gávea também comparou a sua geração, multicampeã na década de 80, com a atual equipe rubro-negra, que ergueu a Libertadores em 2019 e 2022, entre outras taças.

PLACAR agora está no Mercado Livre; garanta a sua revista!

Zico relembrou o período em que atuou como dirigente rubro-negro e disse que o elenco atual merece as fortes cobranças que recebe, em razão da estrutura oferecida pelo clube. “O Flamengo adotou uma política diferente. Trabalhei lá em 2010 e os profissionais não tinham lugar para trocar de roupa, a concentração era deprimente. Eu apoiei essa nova direção fazendo dois pedidos: terminar o CT e nunca mais atrasar salário dos funcionários. O clube ficou um tempo sem ganhar, mas se reestruturou e hoje poucos clubes no mundo oferecem o que o Flamengo oferece”, afirmou.

Publicidade

“É natural que haja cobrança, os atletas ganhando bem, não tem nada atrasado, uma torcida maravilhosa, tem que dar a vida e ser cobrado, mesmo. Nós ganhamos Libertadores e Mundial sem campo para treinar, uma vez deu uma praga no Gávea e nós treinamos num campo de terra por cinco meses. Hoje a estrutura é maravilhosa, recuperação, tudo do bom e do melhor. É outra história”, complementou o ex-camisa 10.

Hoje pode soar como heresia, ainda mais em meio à má fase do clube e do próprio atleta, mas Zico disse não se importar com aqueles que o comparam com Gabriel Barbosa, com quem mantém boa relação, e disse torcer para que o atual camisa 10 venha a superá-lo como maior jogador da história do clube.

“[Se o Gabigol me superar] eu vou achar ótimo, é sinal de que ele deu muitas alegrias à torcida do Flamengo, e é isso que nós, torcedores, queremos. No futebol tem de haver uma meta, quem ganhou mais tem que ser reverenciado por isso. Ninguém vai esquecer o que foi  feito lá atrás, nós já fizemos nosso trabalho. O time atual tem essa referência, eles têm o que alcançar. As marcas são feitas para serem batidas, e eu, como torcedor do Flamengo, quero mais é que o Flamengo ganhe e a nação cresça.”

Publicidade
Zico com o livro que celebra seus 70 anos – Zico na sala de troféus de sua casa Alexandre Battibugli/PLACAR

Durante o papo, Zico repassou a sua carreira com base em fotos e edições históricas de PLACAR, comparou o seu futebol ao de craques como Ronaldinho Gaúcho, Neymar e Lionel Messi, e se disse animado com o lançamento do livro Zico 70 Anos, da Editora Onze Cultural, com apoio de PLACAR, previsto para dezembro.

O papo com Zico será destaque na PLACAR impressa de outubro. Já a entrevista na íntegra já está disponível abaixo na PLACAR TV:

Para fazer parte da nossa comunidade, acompanhe a Placar nas mídias sociais.

Publicidade