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Van Bronckhorst e Rangers: Liga Europa pode coroar dupla retomada

Depois de fracasso na China, treinador holandês precisou de seis meses para reerguer a si próprio e a equipe escocesa. Final com Frankfurt começa às 16h

Uma das principais atrações do Rangers na decisão da Liga Europa, diante do Eintracht Frankfurt, nesta quarta-feira, 18, às 16h (de Brasília), em Sevilha, na Espanha, estará no banco da equipe escocesa. Giovanni van Bronckhorst, ex-jogador com 106 jogos pela seleção holandesa e passagens de sucesso por Barcelona, Arsenal e pela própria equipe de Glasgow, precisou de apenas seis meses no cargo para reerguer tanto a sua carreira como técnico como o orgulho dos torcedores do Rangers, que há uma década viviam seu pior pesadelo.

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Há cinco anos, Bronckhorst despontava como um dos técnicos mais promissores do planeta. Campeão europeu como o Barça em 2006 e vice-campeão mundial pela Holanda em 2010, ele iniciou a carreira fora das quatro linhas de modo avassalador: à frente do Feyenoord, o clube que o revelou, foi campeão holandês de 2017, e também ergueu a Supertaça e da Taça dos Países Baixos. Após passar alguns anos “esquecido” no futebol chinês, o ex-lateral de 47 anos está de volta e em grande estilo.

Van Bronckhorst foi anunciado pelo Rangers em novembro passado para o lugar deixado por outro vitorioso ex-jogador, o inglês Steven Gerrard, contratado pelo Aston Villa. Desde então, soma 40 jogos à frente do maior campeão escocês e um saldo positivo de 67,5% de aproveitamento – 27 vitórias, 7 empates e 6 derrotas.

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Na Liga Europa, o time despachou nas fases de mata-mata o Estrela Vermelha, da Sérvia, o Braga, de Portugal, e finalmente o RB Leipzig, da Alemanha, com direito a uma espetacular virada no Ibrox Stadium. Dez anos depois de quase falir e ser rebaixado à quarta divisão, o Rangers pode repetir sua maior façanha e conquistar um novo título continental. Há cinco décadas, em 1972, o clube conquistou a Recopa Europeia, ao bater o Dínamo de Moscou, também na Espanha, mas em Barcelona.

A carreira de Gio

Como jogador, “Gio”, como era apelidado, ganhou destaque na década de 90 e início dos anos 2000. O lateral-esquerdo holandês foi bicampeão escocês em 1999 e 2000 atuando pelo próprio Rangers. Na sequência, foi campeão da Premier League pelo Arsenal e bicampeão de La Liga e campeão da Liga dos Campeões na temporada 2005/06 pelo Barcelona de Ronaldinho Gaúcho, Thierry Henry e Lionel Messi.

O ex-lateral aposentou-se após disputar três Copas do Mundo (1998, 2006 e 2010) e três Eurocopas (2000, 2004 e 2008) com a seleção holandesa. O adeus se deu justamente na dolorosa derrota holandesa na final da Copa do Mundo da África do Sul diante da Espanha. Na semifinal, o então capitão do time marcou um golaço que deu a classificação ao time holandês diante do Uruguai.

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‘Gio’ iniciou a carreira à beira do campo como auxiliar técnico do compatriota Ronald Koeman, no Feyenoord entre 2011 e 2015. Quando então assumiu o comando da equipe, em março de 2016, emplacou oito vitórias consecutivas no campeonato holandês, mais tarde, levantou a taça nacional e encerou o jejum de 18 anos sem conquistas do tradicional time de Roterdã. A passagem vitoriosa de quatro temporadas foi coroada com cinco títulos.

“Acho que aprendi com cada treinador que tive e tive a sorte de ser orientado por vários nomes de peso, como Arsène Wenger, Dick Advocaat, Guus Hiddink, Frank Rijkaard e Louis van Gaal. Nos últimos três ou quatro anos da carreira de jogador comecei a pensar mais neles e na forma como trabalhavam, e isso acabou por influenciar a forma de jogar das equipas que orientei”, disse o técnico holandês em entrevista ao site da Uefa, em maio.

Antes de assumir o Rangers, Gio chegou a ir ao futebol chinês, em 2020. Foram 23 jogos no Guangzhou City F.C. e um saldo negativo de 27,2%.  A retomada maiúscula de Giovanni van Bronckhorst no cenário de destaque no futebol europeu deixa o técnico holandês perto de conquistar seu primeiro título internacional como treinador, em seis meses de trabalho, e também coroar a década de renascença do Rangers. “Por termos ultrapassado adversários tão bons posso dizer que temos personalidade para disputar esta final, que se junta às qualidades técnicas e táticas e à crença na vitória’, completou o treinador.

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