Valcke chega de vez ao Brasil e adota discurso otimista
Dirigente cita procura recorde por ingressos para exaltar Copa no país
O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, desembarcou na manhã desta segunda-feira no Brasil e avisou, por meio de sua coluna mensal publicada no site oficial da entidade, que ficará no País agora de forma definitiva até a final da Copa do Mundo, marcada para 13 de julho, no Maracanã. O dirigente fez questão de minimizar a possibilidade de protestos populares afetarem a realização do Mundial: “Não restam dúvidas: vai ter Copa. Na verdade, a Copa do Mundo já chegou ao Brasil, e todo o planeta está acompanhando com expectativa”.
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Valcke vem aliviando o seu discurso crítico nos últimos meses – durante a preparação do país para o Mundial já chegou a dizer que os brasileiros precisavam de um “chute no traseiro” para acelerar a organização da competição -, e parece ter abraçado de vez a ideia de que a Copa será, de fato, um grande sucesso. “Ao longo das próximas oito semanas, estaremos juntos para escrever esta história que começou há sete anos (quando o Brasil foi eleito sede do evento) – uma história de sucesso para todos nós: o Brasil e a Fifa”, completou o francês, que voltará a visitar todas as 12 sedes da competição antes do início da Copa, cujo jogo de abertura ocorrerá em 12 de junho, no Itaquerão, em São Paulo, palco de Brasil x Croácia.
“Eu acabei de chegar ao Brasil na manhã desta segunda-feira e ficarei no país até quando a final for disputada. Por enquanto, estou aqui para ver que os toques finais da operação da Copa do Mundo foram concluídos a tempo para o início do torneio. Ao longo dos próximos dias, visitarei mais uma vez todas as 12 cidades-sede, junto ao vice-ministro do Esporte, Luís Fernandes, e o diretor-executivo do Comitê Organizador Local, Ricardo Trade. Nós nos concentraremos principalmente em assegurar que tudo esteja funcionando para as 32 seleções e para as cerca de três milhões de pessoas que assistirão às partidas nos 12 estádios e para os bilhões que verão o evento pela TV”, ressaltou Valcke, ao confirmar a sua agenda no Brasil.
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O discurso otimista, porém, não impediu o dirigente de voltar a cobrar empenho de todos os envolvidos com a organização da Copa nesta reta final de preparação. “Temos dias de muito trabalho pela frente, já que ainda há muito a ser feito em um esforço coletivo da Fifa, do COL, do governo federal, das cidades-sede e dos Estados”, afirmou Valcke. “Nossas equipes operacionais começaram a se espalhar por todos os estádios para fazer as últimas instalações, como os camarotes de imprensa, os complexos de transmissão – o lugar onde os canais de TV de todo o mundo instalam seus escritórios temporários, os parques de transmissão via satélite, as tendas de hospitalidade com serviço de bufê, tudo instalado de acordo com a apresentação esperada de uma Copa do Mundo. Mal posso esperar para ver em primeira mão o progresso realizado desde minha última visita”.
A procura recorde por ingressos também voltou a ser abordada por Valcke em sua coluna. Ele utilizou o fato para defender a realização do Mundial, apesar dos protestos recorrentes no Brasil contra a disputa da competição em solo nacional, principalmente por causa dos enormes gastos de dinheiro público com o evento. “Mais de 11 milhões de solicitações de ingressos foram feitas até o momento, número sem precedentes na história do evento. É possível sentir a crescente expectativa entre as 32 seleções e as torcidas no Brasil e por todo o planeta. Essa sensação é enfatizada pela última pesquisa realizada em 15 importantes mercados em todo o mundo, incluindo o Brasil, pela Sponsorship Intelligence. No geral, 75% dos entrevistados têm uma opinião positiva sobre a próxima Copa do Mundo da FIFA no Brasil e mais de 50% em todo o planeta estão muito entusiasmados com o evento – no Brasil, a cifra é de 57%”, disse Valcke.
(Com agência Estadão Conteúdo)