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Uma história de amor – e títulos – de Santos e Palmeiras com o Maracanã

Adversários na final da Libertadores, rivais paulistas já conquistaram taças nacionais e até mundiais no maior estádio do Brasil

RIO DE JANEIRO – É impossível olhar para a final da Copa Libertadores da América entre Palmeiras e Santos sem destacar a história do palco do duelo, o maior de todos, o Maracanã. O estádio receberá a decisão mais importante da história entre rivais paulistas neste sábado, 30, a partir das 17h (de Brasília). E não há nada errado ou estranho nessa nova invasão paulista ao Rio, afinal, o Maracanã é casa do futebol nacional e já foi local de muitas alegrias para os dois lados. Esquadrões do Peixe comandados por Pelé e timaços como a Academia de Futebol orquestrada por Ademir da Guia já conquistaram alguns títulos naquele gramado.

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Tirando os grandes clubes cariocas, o Santos é o maior campeão da história do Maracanã e já levantou oito taças no estádio. O clube costumava jogar no maior palco do Brasil nos anos 1960 para que mais brasileiros pudessem assistir – e torcer – para o Rei Pelé e companhia. E já foi campeão mundial no local: após uma vitória do Milan na Itália e uma do Santos no próprio estádio carioca, os dois voltaram a se enfrentar no dia 16 de novembro de 1963, para a partida de desempate da decisão do Mundial Interclubes. O Santos venceu por 1 a 0, com gol de pênalti de Dalmo, para delírio dos mais de 120.000 torcedores presentes, incluindo Pelé, lesionado.

Pelé e Pepe do Santos, no estádio do Maracanã.
Pelé e Pepe, na segunda casa do Santos ANTONIO ANDRADE/Placar

A coleção de títulos santistas no Maracanã conta com quatro edições do Campeonato Brasileiro (1962, 1964, 1965 e 1968), três taças do Torneio Rio-São Paulo (1963, 1964 e 1997), além do título do Mundial Interclubes de 1963. O clube também escolheu o estádio para sediar a final da Libertadores de 1963, mas o duelo no Rio de Janeiro foi o primeiro jogo da decisão contra o Boca – vencida por 3 a 2, com dois gols de Coutinho e um de Pepe. O título veio com nova vitória em La Bombonera e, por isso, não entra no levantamento.

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O Palmeiras também conquistou no Maracanã aquele que considera o maior título de sua história, a Copa Rio de 1951, que o clube luta há anos para chancelar como o primeiro Mundial de Clubes da história. A competição organizada para recuperar o prestígio do futebol brasileiro após o “Maracanazo”, a derrota em casa da Copa de 1950 para o Uruguai, teve um duelo entre o Alviverde e a Juventus, da Itália, na final. Nos dois jogos realizados no Maracanã, o Verdão venceu o primeiro por 1 a 0 (gol de Rodrigues) e empatou o segundo por 2 a 2 (Rodrigues e Liminha marcaram para os palmeirenses) para ficar com o título.

O Palmeiras ergueu outra taça no Maracanã, na época de sua Primeira Academia de Futebol. Em 1967, o clube conquistou os dois títulos nacionais em disputa: o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, no primeiro semestre, e a Taça Brasil, no segundo. A decisão do segundo título foi contra o Náutico. A vitória por 3 a 1 na Ilha do Retiro e a derrota por 2 a 1 no Pacaembu levaram o confronto para o jogo desempate, no Rio de Janeiro. O Esquadrão comandado por Mário Travaglini venceu por 2 a 0, com gols de César Maluco e Ademir da Guia.

Palmeiras e Santos têm a chance de aumentar seu caso de amor com o estádio neste sábado, 30, e se tornarem o primeiro brasileiro a erguer a taça no Maracanã – o único campeão continental no local foi a LDU, do Equador, que bateu o Fluminense em 2008.

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O mais importante de todos os “Clássicos da Saudade” – como o confronto é conhecido por relembrar os grandes times que ambos tiveram nas décadas passadas – vale, parafraseando o slogan da Conmebol, a “glória eterna” para um dos dois lados.

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O Peixe busca o tetra para ser o time brasileiro que mais venceu a Libertadores. Já o Verdão quer o bi para repetir o feito de duas décadas atrás e poder medir forças com o Bayern de Munique ou outro campeão continental no Mundial do mês que vem. O Maracanã, desta vez vazio, entrará para a história mais uma vez.

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