Thiago Silva, Militão e Marquinhos: a boa dúvida de Tite para 2022
A pouco menos de um ano da Copa do Mundo do Catar, Brasil conta com três dos melhores zagueiros da atualidade; só dois devem jogar
A 334 dias do início da Copa do Mundo de 2022, o torcedor da seleção brasileira tem uma dúvida: qual será a dupla de zagueiros que Tite escolherá? Com Thiago Silva, do Chelsea, Éder Militão, do Real Madrid, e Marquinhos, do PSG, praticamente garantidos, a questão é escolher os titulares. Tendo em vista que os três candidatos vêm de um bom ano e figuram entre os melhores da atualidade na posição, a incerteza é boa, pensando em qualidade de elenco.
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Existe a sugestão de escalar os três. Porém, Tite, em mais de cinco anos de Brasil, não utilizou um sistema com um tripé defensivo. Da mesma forma, uma possível escalação de Militão como lateral-direito também parece inviável, pois o mesmo se consolidou no Real Madrid atuando no miolo de defesa. Tendo em vista que o defensor formado pelo São Paulo não joga pelos lados com regularidade desde que defendeu o Porto, na temporada 2018/19, o treinador da seleção brasileira será obrigado a escolher dois dos três excelentes zagueiros.
Geração fraca
“A geração é fraca e o trabalho do técnico também. Assim vamos ser goleados por qualquer time europeu”. A aspa não tem um dono específico, mas, sim, muitos autores, que, descrentes da seleção, contam com uma dose de saudosismo para demonstrar certo pessimismo. Contudo, muitos dos convocados para defender a camisa pentacampeã mundial jogam no futebol europeu, o mais competitivo do mundo, e um número relevante é protagonista por lá. Como é o caso de Thiago Silva, Militão e Marquinhos.
Aos 37 anos – chegará com 38 ao Catar -, Thiago Silva atua em altíssimo nível há mais de dez anos. Após brilhar por Fluminense, o defensor foi vendido em 2009 para o Milan e se consolidou como um dos melhores do planeta na posição. Passagem de oito anos pelo PSG e, já veterano, um futebol consistente pelo Chelsea, com direito a título de Liga dos Campeões. Pela seleção brasileira, são 102 jogos, a Copa das Confederações de 2013 e a Copa América de 2019. Contudo, para muitos, o alto nível no melhor futebol do mundo não vale nada e uma cena de choro na Copa do Mundo de 2014, em jogo contra o Chile, nas oitavas de final, crucifica o atleta até hoje.
Éder Militão e Marquinhos são a nova geração, com 23 e 27 anos, respectivamente. Titulares de duas das equipes mais fortes do mundo (Real Madrid e Paris Saint-Germain), os defensores certamente devem defender a camisa verde a amarela por muitos anos e manter a seleção entre as mais fortes do mundo. Desde a Copa do Mundo de 2002, última vencida pelo Brasil, a amarelinha trouxe três Copas América (2004, 2007 e 2019) e três Copas das Confederações (2005, 2009 e 2013).
E a quarta vaga?
Partindo do ponto que Marquinhos, Thiago Silva e Éder Militão só não jogam a Copa de 2022 em caso de lesão, teoricamente existe mais uma vaga. Candidatos não faltam e o nível não cai bruscamente.
Favorito, Lucas Veríssimo, 26 anos, do Benfica, sofreu grave lesão no joelho direito no dia 7 de novembro de 2021 e foi submetido a cirurgia. Fora de atuação, perdeu espaço nas últimas convocações e precisará de um bom 2022 para voltar a agradar Tite.
Campeão olímpico em 2021, Diego Carlos, de 28 anos, do Sevilla, corre pela vaga e também já recebeu chances. Gabriel Magalhães, 24 anos, chamado na última lista, para enfrentar a Colômbia e a Argentina, pode ser o nome para completar a lista. Correndo por fora, Léo Ortiz, de 25 anos, do Red Bull Bragantino, sonha com o carimbo do Catar no passaporte.