Publicidade
Publicidade

Suspensões abalam eleição na Fifa e abrem espaço para Zico

Principais candidatos, o francês Michel Platini e o sul-coreano Chung Mong-joon foram suspensos pelo Comitê de Ética da Fifa nesta quinta-feira

A já conturbada eleição para a sucessão de Joseph Blatter na presidência da Fifa ficou completamente incerta após as suspensões do francês Michel Platini e do sul-coreano Chung Mong-joon – além da do próprio Blatter -, nesta quinta-feira. Platini e Mong-joon eram os principais favoritos na eleição marcada para 26 de fevereiro, em Zurique, mas foram suspensos por suspeitas de corrupção. O cenário abre espaço para os concorrentes periféricos, como o príncipe da Jordânia, Ali Bin Al-Hussein, e o ex-jogador brasileiro Zico.

Publicidade

Assim como Blatter, Platini foi suspenso por 90 dias, enquanto será investigado pelo recebimento de 2 milhões de francos suíços (aproximadamente 8 milhões de reais) dos cofres da entidade, em uma transação suspeita, em 2011. O presidente da Uefa poderia retornar à Fifa antes da eleição – mesmo que a punição seja ampliada em 45 dias, possibilidade levantada pelo Comitê de Ética da Fifa, ele estaria liberado na terceira semana de fevereiro -, mas sua candidatura seria abalada.

Leia também:

Zico lança site de candidatura à presidência da Fifa

Polícia invade sede da Fifa e Blatter é processado criminalmente

Continua após a publicidade

Blatter falta e Fifa decide que Copa do Catar será em novembro e dezembro

“A Comissão de Ética não decide sobre as candidaturas” à presidência da Fifa, mas levando em conta que Platini não pode exercer nenhuma atividade relacionada com o futebol por 90 dias, é muito complicado que possa ser candidato”, informou um porta-voz da Fifa à agência EFE. Apesar de lembrar que quem controla a eleição é outro órgão da Fifa, a Comissão de Candidaturas, o porta-voz lembrou que Platini “não poderá fazer campanha nem assistir a nenhuma reunião relacionada com o futebol”.

Publicidade

Como já sabia que poderia ser suspenso, Platini apresentou hoje mesmo, minutos antes da decisão da Comissão de Ética, os avais necessários para concorrer à presidência da Fifa. Todo candidato deve contar com o apoio de cinco das associações da Fifa e uma declaração de integridade que mostre que não foram condenados “por crime doloso muito grave, nem por faltas penais que suponham violação” do Código Ético da organização.

Já Mong-joon, que foi vice-presidente da Fifa entre 1994 e 2011, foi banido por seis anos de qualquer atividade ligada ao futebol e, consequentemente, está fora da disputa. O magnata sul-coreano é acusado de comprar votos para a Coreia do Sul na eleição para sede da Copa de 2022, vencida pelo Catar. Ele acusa Blatter e a Fifa de “sabotagem” contra sua campanha” e denunciou irregularidades desde os tempos em que o brasileiro João Havelange presidia a Fifa.

Com o enfraquecimento de Platini e a exclusão de Mong-joon, o príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein – derrotado por pouco na eleição contra Blatter, em maio – e o brasileiro Zico ganham fôlego na corrida presidencial. Zico ainda precisa conseguir apoio de cinco confederações nacionais para que possa concorrer e, quando foi à CBF, o ídolo da seleção brasileira escutou que teria o apoio do país caso conseguisse as outras quatro indicações. O ex-jogador de Trinidad e Tobago, David Nakhid , e o presidente da federação da Libéria, Musa Bility, também já revelaram o desejo de concorrer, mas também não oficializaram a candidatura, o que deve ser feito até o dia 26 deste mês.

Publicidade

(da redação)

Continua após a publicidade

Publicidade