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Surfe: Torcida fanática como no futebol. Mas na praia

Em vez de dribles e tabelinhas, fãs vibraram com aéreos e tubos na Barra da Tijuca

A vitória de Filipe Toledo na etapa do WCT no Rio de Janeiro mostrou que o surfe vem ganhando o coração dos brasileiros. Uma multidão de fãs foi até o Postinho, na Barra da Tijuca, para torcer pelo brasileiro neste domingo, e não havia pedaço de areia que não estivesse tomado. O surfista de 20 anos retribuiu o carinho com uma espetacular nota de 19,87 que lhe garantiu a vitória sobre o australiano Bede Durbidge. Enrolado em uma bandeira brasileira – com a inscrição Brazilian Storm (tempestade brasileira), como vem sendo chamada a nova geração do surfe do país -, Filipe foi carregado nos braços pelo público ao pisar na areia.

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Na última quarta-feira, o primeiro campeão mundial da história do surfe brasileiro, Gabriel Medina, foi engolido pelos fãs logo depois de um treino aberto. A torcida enlouquecida não media esforços para tirar uma selfie ou conseguir um autógrafo em camisetas, em revistas, no corpo, onde quer que desse. No mesmo dia, Alejo Muniz e Jadson André foram assediados por um grupo de garotas vestindo uniformes escolares. Até mesmo os surfistas menos conhecidos sentiram o calor do público: quando uma aglomeração se formava em torno de algum atleta estrangeiro, muitas pessoas corriam para o bolo de gente perguntando quem era. Não conheciam o surfista, mas garantiam a foto.

Na terça-feira, primeiro dia de competição, um ótimo público assistiu da areia a um show de tubos e aéreos. Às sete horas da manhã a torcida era grande, mas o auge ocorreu cerca de uma hora e meia depois, quando Gabriel Medina entrou na água. Seis seguranças acompanharam o surfista nos poucos metros entre a área reservada aos surfistas e o mar – os fãs se acotovelavam freneticamente para chegar perto de Medina. Alguns ficaram com água na altura da cintura para tentar registrar o momento em uma foto. A cada manobra, o público gritava, aplaudia e assoviava como se fosse um gol em um jogo de futebol. Entre os estrangeiros, o americano Kelly Slater, onze vezes campeão mundial, foi o mais festejado.

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E neste domingo a torcida era toda de Filipe Toledo: com direito a mais uma nota 10 na competição, o surfista nascido em Ubatuba, litoral paulista, levantou o público com aéreos e rasgadas dignas de um campeão. Depois, se emocionou com os familiares na entrega do troféu e, de noite, fechou a semana de celebridade rodeado de amigos e belas convidadas em uma casa de samba na Barra da Tijuca.

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