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Sucesso de público, Copa do Mundo de rúgbi começa na Grã-Bretanha

Torneio com 20 seleções deve ter impacto econômico de 3 bilhões de euros na Inglaterra e no País de Gales. No Brasil, modalidade vem crescendo

A Copa do Mundo de rúgbi, um dos eventos esportivos mais importantes do planeta, será aberta nesta sexta-feira sob grande expectativa – mas sem a participação do Brasil, onde a modalidade está em desenvolvimento, mas ainda não é popular. As favoritas entre as 20 seleções participantes são Austrália, França, África do Sul, a atual campeã Nova Zelândia e a Inglaterra, sede da competição junto com o País de Gales. A Copa do Mundo deve atrair mais de 466.000 visitantes ao Reino Unido, superando todas as edições passadas, segundo estudo feito pela Ernst & Young – ficaria atrás apenas das Copas do Mundo de futebol de 2014, 2006, 2010 e 2002, respectivamente, entre os eventos esportivos de modalidade única com maior público da história.

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Nova Zelândia vence França e é campeã mundial de 2011

O torneio terá 11 cidades sede e terá jogos em 13 estádios, incluindo o tradicionalíssimo Wembley, palco da final. A expectativa é que 95% dos lugares em média estejam preenchidos em todas as partidas. A Ernst & Young estima que os torcedores vão deixar 1,19 bilhão de euros (5,1 bilhões de reais) em gastos diretos na Grã-Bretanha e o impacto econômico do evento será de 3 bilhões de euros (13 bilhões de reais).

O jogo de abertura será entre Inglaterra e Fiji, nesta sexta-feira, às 16 horas (horário de Brasília), no Twickenham Stadium, em Londres. Os ingleses não conquistam o título desde 2003, quando superaram a favorita Austrália em uma final épica, na casa do adversário, na prorrogação. O defensor do título é a tradicional Nova Zelândia, conhecida como All Blacks, por causa do uniforme preto. A equipe da Oceania conquistou o título de 2011 ao superar a França, em casa, e tentará manter a posse do Troféu William Webb Ellis. O torneio será transmitido no Brasil pelos canais ESPN.

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Brasil – Ainda engatinhando no país, o rúgbi é praticado em 119 países e é um dos esportes mais populares no mundo. A modalidade foi incluída no programa olímpico – na Rio-2016, será jogada na versão de rugby sevens, jogado por sete atletas em cada equipe, diferente do tradicional, com 15 atletas, como na Copa do Mundo. Os dirigentes brasileiros acreditam que a Copa e a Olimpíada podem fazer crescer o interesse dos brasileiros pelo rúgbi.

“Esperamos que muitos brasileiros possam assistir pela primeira vez ao esporte, chegar a conhecer e se interessar. Além disso, a Copa do Mundo ajudará a consolidar uma base crescente de fãs já existente no país, hoje estimada em mais de três milhões de brasileiros”, disse Agustín Danza, CEO da CBRu (Confederação Brasileira de Rugby).

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O projeto do Brasil é estar na Copa do Mundo em 2023, mas para tentar popularizar a modalidade, a CBRu fará ações nas redes sociais e em bares temáticos. “Faremos a final do Campeonato Brasileiro da 1.ª Divisão no mesmo dia da final da Copa do Mundo, em um horário mais cedo. A ideia é colocar um telão depois da partida para que a torcida possa ficar e assistir à decisão da Copa do Mundo, fazendo do dia uma festa de rúgbi”, explicou o dirigente.

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Para tornar o objetivo de ir pela primeira vez a uma Copa do Mundo, a confederação está trabalhando em duas frentes: detecção e formação de talentos, e disputa de partidas internacionais. A ideia é ter uma base grande para escolher os melhores e dar a ela experiência para enfrentar as grandes equipes. “O objetivo é que os jogadores possam ter uma quantidade importante de jogos por ano para poder implementar e desenvolver as habilidades treinadas, além da tomada de decisão”, concluiu Danza, ciente de que a meta é ambiciosa. Por ser país sede, o Brasil tem vaga assegurada no rúgbi na próxima Olimpíada.

(Com Estadão Conteúdo)

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