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Sem Neymar, seleção enfrenta o México e a torcida

Equipe que se prepara para a Copa América receberá o México na arena do Palmeiras. Público paulista costuma ser bastante crítico com a equipe pentacampeã

A seleção brasileira inicia neste domingo a preparação para a Copa América com um bom teste, diante do México, às 17h (de Brasília), na Arena Palmeiras, em São Paulo. O amistoso marcará o reencontro da seleção com a exigente torcida paulista – nos últimos anos, vaias e até bandeiras atiradas no gramado marcaram jogos do Brasil na cidade. O técnico Dunga não terá seu principal jogador, Neymar, campeão neste sábado da Liga dos Campeões com o Barcelona, nem Robinho, que se recupera de lesão. Mas, apesar da ausência das estrelas paulistas e da desconfiança depois de uma Copa do Mundo traumática, o estádio estará cheio: quase 40.000 ingressos foram vendidos de forma antecipada. E Dunga pediu compreensão da torcida na volta da seleção ao país, quase um ano depois do fracasso na Copa do Mundo.

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“A venda dos ingressos já demonstra o carinho pela seleção. Nesse começo de trabalho necessitamos de apoio e incentivo do torcedor, mas temos de fazer a nossa parte”, disse Dunga no início da noite deste sábado, em entrevista no local da partida. “Mas é preciso entender que, depois da Copa, há um pouco de ansiedade, nervosismo, é normal.”

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O retrospecto desde que Dunga assumiu, no entanto, foi excepcional: oito vitórias em oito partidas, com direito boas atuações em clássicos contra Argentina e França. O treinador teve problemas para montar o grupo da Copa América – torneio que venceu como jogador, em 1989 e 1997, e como técnico, em 2007. O goleiro Diego Alves, o lateral Marcelo e o volante Luiz Gustavo foram cortados por lesão – para seus lugares, foram chamados os jovens Neto, da Fiorentina, Géferson, do Inter, e Fred, do Shakhtar Donetsk, que serão reservas.

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Robinho ainda sente dores no joelho e foi poupado e, com isso, Dunga optou por escalar três volantes (Fred, Fernandinho e Elias) e dois meias (Phillipe Coutinho e Willian, este último que poderá atuar um pouco mais avançado do que normalmente faz), com apenas Diego Tardelli na frente.

Depois da partida deste domingo, a seleção viaja a Porto Alegre, onde enfrentará a seleção de Honduras, no Beira-Rio, na quarta-feira, no último teste antes da Copa América. A estreia na competição será em Temuco, contra o Peru, no próximo dia 14. Colômbia e Venezuela completam o grupo do Brasil na primeira fase.

Pressão – Na última vez que a seleção atuou em São Paulo foi na abertura da Copa do Mundo do ano passado. Na ocasião, a torcida paulista fez uma grande festa na vitória por 3 a 1 sobre a Croácia, no Itaquerão. Nos tempos de Morumbi, porém, a recepção à equipe nem sempre foi boa. No último jogo antes da Copa, foram ouvidas vaias ao técnico Luiz Felipe Scolari e ao atacante Fred (autor do gol do Brasil na vitória por 1 a 0 sobre a Sérvia) no estádio do São Paulo. Antes, em setembro 2012, nem mesmo o craque Neymar escapou dos xingamentos do público, em outra vitória mínima, sobre a África do Sul. Quem mais sofreu, no entanto, foi o treinador Mano Menezes, que deixou o cargo meses depois.

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Dunga já foi vítima da fúria da torcida paulista. Em 1993, nas Eliminatórias para a Copa dos Estados Unidos, o então volante ainda estava marcado pela eliminação para a Argentina no Mundial anterior e foi bastante vaiado em uma partida contra o Equador. Dunga, porém, marcou um belo gol na vitória por 2 a 0 no Morumbi. Como treinador, em 2007, Dunga teve melhor recepção, ao escalar Luis Fabiano como titular diante do Uruguai. O atacante foi o herói da vitória por 2 a 1 com dois gols.

(da redação)

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