Sebastian Coe, novo chefe da IAAF, compara Bolt a Muhammad Ali: ‘Ele cativa a imaginação’
Bicampeão olímpico assumiu a presidência da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) neste domingo
O britânico Sebastian Coe, o bicampeão olímpico nos 1 500m (Moscou 1980 e Los Angeles 1984), assumiu a presidência da Federação Internacional de Atletismo (IAAF) neste domingo e não demorou a rasgar elogios ao jamaicano Usain Bolt. O novo chefão do atletismo mundial destacou a força de Bolt, responsável por três medalhas de ouro no Mundial de Pequim, e o comparou a um dos maiores pugilistas da história. “Desde Muhammad Ali, nos anos 60 e 70, nenhum outro esportista cativou a imaginação do público como fez Bolt”, afirmou Coe. No Ninho do Pássaro, palco do início de sua hegemonia nas Olimpíadas de 2008, o jamaicano faturou o título nos 100m, 200m e 4x100m e chegou à décima primeira medalha em mundiais.
Coe reconheceu que Bolt desperta o interesse dos espectadores na modalidade, mas refutou a ideia de o atletismo perder força com a sua possível aposentadoria após os Jogos do Rio 2016. “Não deveríamos estar preocupados, porque em nosso esporte temos alguns dos mais espetaculares talentos sobrehumanos. O desafio é conseguir que as pessoas saibam que existem esses outros atletas. Nos anos 60 e 70 também se falava muito se seria possível que houvesse outros depois de Ali, e houve”, acrescentou Coe.
O dirigente se incomodou com as perguntas relacionadas ao escândalo de doping que a IAAF enfrenta e destacou as tentativas de erradicar o problema. No Mundial de Pequim, foram registrados apenas dois casos. As quenianas Joyce Zakari e Koki Manunga, dos 400m livres e com barreiras, respectivamente, foram flagradas em testes e acabaram suspensas provisoriamente. “Foram feitos grandes esforços nesse sentido. Controlamos estritamente a dopagem e alcançamos grandes resultados em mais de 150 países com mais de 600 programas antidoping”, resumiu. Coe ficará no cargo por quatro anos e tem a missão de continuar desenvolvendo o esporte em meio ao maior escândalo de doping da história do esporte. Sob a premissa de renovar a entidade após a polêmica, o britânico sucede o senegalês Lamine Diack, que estava no comando desde 1999.
(com agência Gazeta Press)