Roland Garros proibirá traje usado por Serena Williams
Torneio francês terá um código de vestimenta mais rígido a partir de 2020
O traje usado pela americana Serena Williams na última edição no torneio de Roland Garros não será mais permitido, afirmou o presidente da Federação Francesa de Tênis (FFT), Bernard Giudicelli, que quer endurecer o código de vestimenta dos tenistas no futuro. “Acredito que às vezes chegamos muito longe. O conjunto de Serena deste ano, por exemplo, não será mais aceito. É preciso respeitar o jogo e o local”, explicou na edição de setembro da revista Tennis Magazine.
Serena, de 36 anos e tricampeã de Roland Garros (2002, 2013 e 2015), reapareceu em junho nessa competição com um modelo que cobria o corpo praticamente inteiro de cor preta, que garantiu que melhorava a circulação sanguínea e a ajudava a se recuperar após o complicado parto em setembro. “Vivemos em 2018, o mundo é diferente”, assumia a 23 vezes ganhadora de Grand Slams. “É importante ser você mesmo, livre. Além disso, lembro que a minha roupa tem uma função curativa”, disse em entrevista coletiva concedida durante sua participação no torneio, do qual se retirou nas oitavas de final por lesão.
O presidente da FFT afirmou não querer chegar a um código de vestimenta tão restrito como o de Wimbledon, no qual o branco é obrigatório até na roupa íntima, mas quer instaurar “certos limites”. Giudicelli acrescentou que embora seu veto aos trajes como o de Serena tenha sido “um pouco tarde para 2019, porque as coleções já foram desenhadas”, contempla começar a aplicar a mudança a partir de 2020.
Em 1997, o brasileiro Gustavo Kuerten conquistou o torneio francês com um modelo pouco comum no circuito. Na ocasião, organizadores do torneio pediram à Diadora, que fabricava a roupa do tenista, que moderassem na escolha das roupas.