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Rogério se despede: ‘Obrigado pelos 25 anos de sonho’

Em festa cercada de nostalgia no Morumbi, ídolo são-paulino faz seu 132º gol pelo clube, canta com banda de rock e emociona a torcida ao pedir que suas cinzas fiquem no estádio

Um Morumbi lotado por mais de 60 mil torcedores reverenciou na noite desta sexta-feira Rogério Ceni, um dos maiores ídolos da história do São Paulo. Agora oficialmente aposentado, o goleiro de 42 anos colocou um ponto final em sua vitoriosa carreira com um clima de euforia e comunhão entre torcida e jogadores.

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Artilheiro e cantor – Dos 25 anos vividos no São Paulo, o goleiro foi o remanescente de duas eras vitoriosas. E essas gerações se encontraram em campo no amistoso de despedida de Rogério. A equipe formada por campeões mundiais em 1992 e 1993 enfrentou o time de 2005, que teve Ceni. O agora aposentado jogador se revezou entre o gol e a linha. O placar, apenas um detalhe na festa, terminou em 5 a 3 – com um gol de pênalti do homenageado da noite.

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Do começo ao fim a programação da festa seguiu à risca os detalhes de que Ceni tanto gosta. Antes do jogo, um show de rock. No intervalo, outra apresentação. Dessa vez o ídolo são-paulino subiu ao palco para cantar e tocar guitarra em trechos de uma música do Ira!, uma de suas bandas preferidas.

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Cinzas – Depois do apito final, Rogério pediu o microfone para dizer algumas palavras. E se emocionou. “Olha, vou falar diretamente com a minha família, que veio para cá me assistir. Obrigado por esses 25 anos de sonho que eu pude viver”, disse o goleiro. Rogério revelou ainda um desejo. “Gostaria que, quando eu morresse, eu fosse cremado e as minhas cinzas fossem jogadas aqui no Morumbi, para que eu possa sempre lembrar do que aconteceu”, contou, para delírio dos são-paulinos. Após as palavras, ele ainda aproveitou a presença de tantos amigos e torcedores para dar uma volta olímpica, a última depois de tantos títulos comemorados na mesma grama.

O jogo – O tom de saudosismo se estendeu ao banco e até à arbitragem. O filho de Telê Santana, Renê, formou par com o antigo auxiliar técnico Muricy, que comandou a equipe da década de 1990. Milton Cruz e Paulo Autuori chefiaram o time de 2005.

O apito ficou a cargo do mexicano Benito Archundia, que foi o árbitro da final entre São Paulo e Liverpool, há dez anos. Archundia anulou corretamente na ocasião três gols por impedimento e foi convidado por iniciativa do próprio Rogério.

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Conhecido pelo jeito determinado, Ceni estava sorridente e descontraído. Brincou com Cafu quando levou um gol entre as pernas, correu no intervalo e acenou para os torcedores que viram o jogo de um setor especial. O clube posicionou perto do gramado 131 assentos, o mesmo número de gols marcados pelo goleiro – até então.

Aos 29 da segunda etapa, Rogério marcou seu 132.º gol pelo São Paulo. De pênalti, bateu rasteiro, no canto esquerdo, sem chances para o goleiro Bosco.

(Com Estadão Conteúdo e Gazeta Press)

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