River x Boca: rivais fazem ‘maior final da história’; como e onde assistir
Rivalidade centenária dos gigantes de Buenos Aires chega a seu capítulo mais importante; ‘Superfinal’ no Monumental de Núñez começa às 18h (de Brasília)
A “maior decisão da história” ou ainda “a final do mundo”. É assim que imprensa e torcida argentina vêm tratando a finalíssima da Copa Libertadores de 2018 deste sábado, 24, entre os eternos rivais argentinos River Plate e Boca Juniors, no Monumental de Núñez. No primeiro duelo, um empolgante empate em 2 a 2 deixou a decisão completamente aberta – novo empate, independentemente do número de gols, leva o jogo para prorrogação e, se necessário, pênaltis. A “Superfinal” começa às 18h (de Brasília) e será transmitido apenas em TV a cabo, pelas emissoras SporTV e Fox Sports.
O Boca Juniors buscará na casa do inimigo o sétimo título de sua história na Copa Libertadores. Campeão nas edições de 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007, o time azul e ouro está a um troféu de igualar o recorde do Independiente. Já o River Plate conquistou a América três vezes, em 1986, em 1996 e em 2015. O campeão de 2018 vai disputar o Mundial de Clubes da Fifa no fim do ano, com a presença do Real Madrid, que conquistou a Champions League.
Uma ótima definição sobre o peso da final deste sábado foi dada pelo ex-atacante Marcelo Salas, ídolo do River, ao canal argentino Fox Sports. “Quem ganhar comemorará para sempre, e quem perder carregará uma cruz para o resto da vida”, comentou o chileno, que venceu o torneio continental pelo River em 1996 ao lado de Marcelo Gallardo, atual treinador da equipe.
Nenhum dos treinadores contará com força máxima na final. Gallardo terá o desfalque do atacante Rafael Borré, suspenso, e o substituto imediato, Ignacio Scocco, ex-Internacional, está machucado. Dessa forma, o ex-meio-campista deverá colocar mais um meio-campista entre os titulares e deixar Lucas Pratto, ex-jogador de Atlético-MG e São Paulo, como único atacante de ofício. Por outro lado, o capitão Leonardo Ponzio, que cumpriu suspensão na ida, está de volta.
O próprio Gallardo será desfalque, já que tem que cumprir quatro partidas de suspensão na Libertadores por ter infringido as normas da Conmebol na semifinal contra o Grêmio, em Porto Alegre. Assim como ocorreu na Bombonera, quem dirigirá o tricampeão do banco será o auxiliar Matías Biscay.
No Boca, o atacante Cristian Pavón, substituído no início da primeira final, não se recuperou a tempo, mas ainda não foi descartado e aparece entre os relacionados de Guillermo Barros Schelotto. O técnico, que como jogador venceu quatro Libertadores pelo clube, faz mistério e deixa várias dúvidas no ataque – o ídolo Carlitos Tevez briga por vaga com Mauro Zarate, enquanto Darío Benedetto, destaque da semifinal contra o Palmeiras, deve seguir na reserva de Wanchope Abilla.
O goleiro Esteban Andrada, que fraturou o maxilar em choque com o zagueiro Dedé, ainda durante as quartas de final contra o Cruzeiro, tem chances de voltar. Caso isso não ocorra, Agustín Rossi, que foi de contestado a herói no primeiro jogo, atuará novamente.
Na última quinta-feira, o Boca realizou um treino aberto na Bombonera para quase 50.000 torcedores. “Se eu disser que não tenho ansiedade, estarei mentindo. São jogos únicos. Temos a chance de entrar para a história de Boca, e estamos convencidos que vamos conseguir”, declarou o volante uruguaio Nahitan Nández em entrevista coletiva. O River adotou silêncio total e não deu entrevistas ao longo da semana.
Prováveis escalações
River Plate: Franco Armani, Gonzalo Montiel, Jonatan Maidana, Javier Pinola e Milton Casco; Ignacio Fernández, Leonardo Ponzio, Enzo Pérez e Exequiel Palacios; Gonzalo ‘Pity’ Martínez e Lucas Pratto. Técnico: Marcelo Gallardo
Boca Juniors Esteban Andrada, Leonardo Jara, Carlos Izquierdoz, Lisandro Magallán e Lucas Olaza, Wilmar Barrios, Nahitan Nandez, Pablo Pérez, Wilmar Barrios, Sebastián Villa (Edwin Cardona), Carlos Tevez (Mauro Zárate) e Wanchope Ábila. Técnico: Guillermo Barros Schelotto
Árbitragem: Andres Cunha (Uruguai) Assistentes: Nicolás Tarán (Uruguai) e Mauricio Espinosa (Uruguai)
(com Gazeta Press e EFE)