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Rivalidade acirrada e volta ao Mineirão empurram campeão

Cruzeiro vinha de duas campanhas ruins no campeonato nacional. A vontade de responder ao Atlético e reabertura do estádio beneficiaram o desempenho

Jogando em casa, o aproveitamento de pontos da equipe foi extraordinário: em 24 partidas no local nesta temporada, a equipe azul obteve 22 vitórias, um empate e apenas uma derrota

Depois de quatro temporadas consecutivas encerrando o Campeonato Brasileiro no pelotão de elite e com direito a vaga na Copa Libertadores, o Cruzeiro amargou duas campanhas decepcionantes em 2011 (quando ficou apenas uma posição acima da zona de rebaixamento) e 2012 (quando terminou apenas no grupo intermediário). A torcida azul iniciou 2013 sonhando com a volta dos tempos em que a equipe brigava na parte de cima da tabela, mas nem mesmo o cruzeirense mais otimista achava que a equipe teria um domínio tão acentuado durante quase toda a competição. Além da chegada do técnico Marcelo Oliveira e da montagem de um elenco consistente e qualificado, a superioridade da equipe mineira no Brasileirão 2013 também pode ser explicada por outros fatores menos óbvios. Um deles é o incentivo do torcedor no Mineirão, que foi reaberto depois de uma longa e profunda reforma. Depois de perambular pelo Independência, pela Arena do Jacaré e pelo Parque do Sabiá durante três anos, o Cruzeiro reencontrou sua casa – e sua força como mandante – nesta temporada.

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Cruzeiro, no grupo dos campeões mais dominantes do país

Totalmente remodelado para a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, o Mineirão transformou-se num forte aliado do time, que sofreu com a distância da torcida no período em que teve de jogar fora de Belo Horizonte. Como o Atlético-MG preferiu seguir jogando no Independência, a identificação do estádio com a torcida cruzeirense ficou ainda maior. Jogando em casa, o aproveitamento de pontos da equipe foi extraordinário: em 24 partidas no local nesta temporada, a equipe azul obteve 22 vitórias, um empate e apenas uma derrota, para o São Paulo, quando o time já estava absolutamente disparado na ponta. Uma delas teve sabor especial: em 27 de julho, ainda no primeiro turno, o Cruzeiro goleou o Atlético por 4 a 1, carimbando a faixa do arquirrival campeão da Libertadores. Aliás, a conquista continental do grande oponente também pode ser apontada como combustível para a campanha avassaladora do Cruzeiro no Brasileirão. Com o Atlético em momento iluminado no torneio sul-americano, a motivação dos cruzeirenses aumentou para dar o troco na outra grande competição do ano. A festa deste domingoo, por sinal, não encerra a mobilização da torcida azul em 2013 – falta secar o inimigo e apoiar o Bayern de Munique no Mundial de Clubes, em dezembro…

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