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Rio-2016: dirigente diz que Rússia tem poucas chances de competir no atletismo

Presidente da Associação Europeia de Atletismo não acredita que “mudança cultural” será feita a tempo no esporte russo.

O norueguês Svein Arne Hansen, presidente da Associação Europeia de Atletismo, não acredita que a Rússia será readmitida em competições internacionais da modalidade a tempo para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016. Em novembro, o atletismo russo foi suspenso preventivamente pela Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês) devido ao escândalo de doping revelado pela Agência Mundial Antidoping (Wada).

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“No momento eles têm que cumprir as condições, mas não consigo vê-los competindo no Rio”, disse Hansen, à revista Athletics Weekley nesta terça-feira. “Eles precisam de uma mudança cultural”, acrescentou. Um comitê de inspeção da IAAF irá visitar a Rússia em janeiro para supervisionar o processo de reforma do país e garantir que os critérios impostos pelo órgão regulador do esporte sejam cumpridos. O comitê irá enviar um relatório para o Conselho da IAAF em um encontro em Cardiff, País de Gales, em 27 de março, pouco menos de cinco meses antes da Olimpíada do Rio.

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Denúncias – No início de novembro, a Wada publicou um informe de 323 páginas descrevendo uma verdadeira indústria montada em Moscou para garantir medalhas com a ajuda do doping e o envolvimento direto do governo russo. Em 2012, em Londres, os russos ficaram em segundo lugar no atletismo, superados apenas pelos americanos, e o informe descreveu a atitude de Moscou como uma “sabotagem” contra os Jogos.

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Rapidamente, o governo russo reagiu, alegando que tudo não passava de um “complô” internacional contra Moscou. Vladimir Uiba, chefe da Agência Federal Biomédica, acusou a Wada de fazer parte de uma campanha do Ocidente contra seu país. “São investigações com motivos políticos que entram na mesma categoria que as sanções contra a Rússia”, disse à agência Interfax.

Em 13 de novembro, a Iaaf julgou insuficiente as respostas dadas pelos russos diante das acusações de um programa generalizado de doping e optou por suspender a Federação Russa e seus atletas de todas as competições internacionais. O presidente da Iaaf, o inglês Sebastian Coe, disse no comunicado em seu site que o episódio foi “um vergonhoso alerta” e que novos casos de “trapaça, em qualquer nível, não serão tolerados.” A decisão foi tomada em reunião extraordinária do conselho da Iaaf. Foram 22 votos a favor da suspensão, um voto contra e uma abstenção (o membro russo do conselho não teve direito a voto).

(com agência Reuters)

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