Renato Augusto avalia idolatria e comparações com Sócrates no Corinthians
Meia falou com exclusividade à PLACAR sobre relação com a torcida, fortalecida em sua segunda passagem, e o legado com a camisa 8 do Doutor
Não resta dúvida de que Renato Augusto é um ídolo do Corinthians. A relação especial com a torcida, que já era forte na sua vitoriosa primeira passagem entre 2013 e 2015, ficou consolidada de vez com seu retorno em 2021, quando ele escolheu voltar ao Timão após anos no futebol chinês. Em entrevista exclusiva à PLACAR, o jogador falou sobre a construção dessa idolatria e as comparações com um ícone alvinegro: Sócrates.
“Na minha primeira passagem, era um momento diferente do clube. E foram três títulos em três anos, é um número razoavelmente bom para uma equipe que tinha acabado de ser campeã mundial, que vinha numa estrutura muito grande. A minha volta foi um pouco diferente. Me chamavam de louco porque eu estava indo para o Corinthians, que eu ia jogar a segunda divisão, que o Corinthians ia cair. E a gente conseguiu chegar ainda na zona de Libertadores (em 2022)”, afirmou.
Pelo Corinthians, Renato tem três títulos: o Paulistão e a Recopa Sul-Americana, em 2013, e o Brasileiro de 2015, quando foi eleito o craque do campeonato.
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“Quanto à idolatria, é uma coisa que eu não sei te explicar o que que é, o que não é. Se eu sou realmente um ídolo… eu tento fazer o meu dia a dia, todas as vezes que eu entro no campo, me dedicar ao máximo e potencializar todos os atletas para que a gente possa crescer durante o jogo. Na minha segunda passagem, apesar de não conquistar títulos, eu fiz bons jogos, uma boa temporada, e por ter sido um momento muito difícil do clube, talvez, também tenha recebido esse carinho do torcedor um pouco diferente”.
Perguntado sobre paralelos com Sócrates, Renato não esconde que fica lisonjeado. Assim como o Doutor, que ficou duas horas sem falar com ninguém após a derrota da seleção para a Itália na Copa de 1982, o atual camisa 8 do Corinthians passou meses antes de ver novamente o lance contra a Bélgica em que ele chuta para fora, no Mundial de 2018. Os dois também ficaram conhecidos pela inteligência dentro e fora de campo.
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“É um elogio você ser comparado a um dos maiores ídolos do clube, um cara com uma cabeça muito à frente… você já carrega essa responsabilidade de já ser comparado a ele. Gosto, mas não sei se mereço a ponto. Minha vida foi o futebol, eu nasci no futebol. Não me vejo fazendo outra coisa. Então, para para mim, o futebol, esse dia a dia, te engrandece, porque são pessoas de lugares diferentes, pensamentos diferentes, com mentalidades diferentes, que querem o mesmo objetivo. O futebol te ensina muito e te faz amadurecer mais rápido. Experiências que talvez eu nunca imaginei participar, lugares que eu nunca imaginei morar. Morar numa China, viver uma cultura totalmente diferente. Então, eu realmente agradeço muito ao futebol”.
A edição do mês já está disponível na loja oficial da revista no Mercado Livre e chegou às bancas de todo o país na última sexta-feira, 20. A publicação ainda traz mais duas entrevistas de peso: com o atacante Deyverson, o maluco no pedaço do futebol brasileiro, que diz viver sua melhor versão pelo Cuiabá, e também o inigualável ídolo Zico, o grande craque da geração PLACAR, que relembrou seus 70 anos de vida em fotos na revista.
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